Sexta-feira, 29 de março de 2024

Relatório da CPI vai culpar Bolsonaro pelo vírus e pela falta de chuvas no Brasil

O senador Renan Calheiros, o prontuário ambulante de inquéritos criminais mais amado pela mídia golpista e pela esquerda brasileira, já anunciou que está concluído o relatório da CPI que deve indiciar Jair Bolsonaro e seus filhos, por tudo o que for possível incluir no documento.

Desde a culpa pelo surgimento do vírus chinês no planeta, a crise econômica que afeta o mundo inteiro, até a estiagem que afeta o Brasil. Renan está afinado com o que há de pior no Senado: Omar Aziz (pendurado em inquérito da PF que apura desvio de dinheiro da saúde do Amazonas ao lado da esposa e de três irmãos que já foram presos), Humberto Costa (o famoso “vampiro” do escândalo da máfia dos sanguessugas da saúde), Randolfe Rodrigues (o saltitante senador que ainda não explicou a suspeita de rachadinha com seu chefe de gabinete) e o divertido senador baiano, o desconhecido médico Otto Alencar, que responde a denúncia no Conselho Federal de Medicina e na Polícia, acusado de misoginia contra a médica Nise Yamaguchi.

Segundo o presidente da CPI, a previsão é que o relatório seja lido, ao invés desta terça-feira, na quarta-feira (20) e votado na terça-feira seguinte, dia 26 de outubro. O texto final teria mais de 1,2 mil páginas.

Relatório paralelo defenderá autonomia dos médicos para tratamento preventivo

Enquanto a cúpula da bandidagem que comanda a Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19 se debruça na elaboração de um relatório que responsabiliza membros do governo federal e o próprio presidente Jair Bolsonaro por tudo o que aconteceu no planeta desde 2019, a base governista, que é minoria na comissão, trabalha para apresentar uma versão paralela do texto, a fim de servir como uma contranarrativa para a opinião pública.

O texto está sendo trabalhado com ajuda de técnicos e aliados ligados ao Planalto e já possui alguns temas definidos, como a defesa da autonomia médica como justificativa para o uso da cloroquina e de outros medicamentos do chamado tratamento precoce, incorporados ao “kit Covid”, que se popularizaram no tratamento a pacientes com Covid-19.

Flavio Bolsonaro: “CPI desrespeita os mortos”

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), que já chamou o relator, senador Renan Calheiros, de “vagabundo”, divulgou ontem sua opinião sobre a CPI da Covid, que usou ontem, de forma desumana o depoimento de familiares das vítimas da pandemia no País.

“O que estamos testemunhando é algo macabro, triste e lamentável. Pessoas foram escolhidas a dedo para virem à CPI e falarem mal do presidente Bolsonaro. Pessoas com histórico de militância contra Bolsonaro vieram pra cá, para a CPI hoje, com o compromisso de responsabilizar Bolsonaro pelas mortes de seus familiares por causa da Covid, não por causa do Bolsonaro. Isso é um desrespeito com quase 600 mil vítimas desse vírus aqui no Brasil”, disse o senador.

O dia em que Dória e David Uip defenderam a Cloroquina

O relatório da CPI do Senado, certamente não vai considerar a declaração pública feita em abril de 2020 pelo governador João Dória, e seu coordenador médico, o renomado infectologista David Uip. O fato é público e constou de uma entrevista coletiva de João Dória e Uip.

O coordenador do comitê de Controle do Coronavírus em São Paulo, o médico David Uip , recomendou ao então ministro da Saúde Henrique Mandetta, em abril de 2020, a distribuição de cloroquina na rede pública do País, desde que houvesse receita médica e autorização do paciente. A informação foi confirmada pelo governador João Dória e pelo próprio médico, no dia 8 de abril de 2020.

Uip confirmou que se reuniu com Mandetta dia 2 de abril. “Eu era o único infectologista e sugeri que ampliasse o uso da cloroquina para todos os pacientes internados em duas condições: desde que o médico autorizasse e o paciente autorizasse”.

Uip disse que conhece há anos o medicamento, usado no tratamento da malária, que tem efeitos adversos cardíacos, hepáticos e visuais que não são desprezíveis: é um medicamento que tem que que ser usado com critério e com cuidado, sempre com observação do médico que o prescreveu”.

Os próximos passos no processo de Ruy Irigaray

Durou pouco mais de três horas o depoimento do deputado Ruy Irigaray no processo da Comissão de Ética da Assembleia gaúcha que apura denúncias que podem levar à cassação do seu mandato. O relator, Beto Fantinel, reitera que “minha estimativa é entregar o relatório no máximo, na segunda semana de novembro”.

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