Segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Representantes de Israel e Palestina no Brasil comentam plano de paz

Entidades que representam israelenses e palestinos no Brasil se manifestaram nesta segunda-feira (13) sobre os recentes avanços da implementação do plano de paz na Faixa de Gaza.

Na manhã de hoje, Israel e o Hamas realizaram a tão aguardada troca de reféns e prisioneiros, como parte do acordo de cessar-fogo anunciado na última quarta-feira. A movimentação começou com a libertação de 20 reféns israelenses sobreviventes; ao mesmo tempo, prisioneiros palestinos também deixaram as prisões e retornaram para sua terra.

Em nota, a Fisesp (Federação Israelita do Estado de São Paulo) comemorou a libertação dos reféns: “A Fisesp recebe com profunda emoção e imenso alívio a notícia de que, após 738 dias de dor, angústia e incerteza, todos os reféns vivos sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 estão finalmente de volta em casa”.

A entidade disse ainda que este “é um momento de renascimento e fé, um marco de humanidade em meio a um longo período de sofrimento que uniu corações em Israel e em todo o mundo”. O comunicado termina desejando que este “novo capítulo seja de reconstrução, diálogo e esperança”.

Já o presidente da Fepal (Federação Árabe Palestina do Brasil), Ualid Rabah, disse que os palestinos precisam parar de ser exterminados.

“O cessar-fogo é muito importante, evidentemente, porque o povo palestino precisa parar de morrer, parar de ser exterminado. Precisa ter a certeza de que deitará na sua casa, ou nas suas barracas, onde for possível, enfim, já que 92% das residências foram destruídas. Então, o cessar-fogo é o primeiro momento para qualquer discussão, para qualquer saída futura e duradoura, de preferência”.

Apesar de comemorar o acordo, Rabah manifestou uma visão crítica sobre o assunto, afirmando que é preciso ter garantias.

“É necessário ter uma força de paz internacional bélica que garanta a segurança do povo palestino. Sem isso, não teremos garantia de que, após uma mera troca de prisioneiros, não haja um novo bloqueio de Gaza, que continue a ocupação da Faixa de Gaza, que continue a ocupação da Cisjordânia. Mas celebremos o cessar-fogo. A troca de prisioneiros é ínfima e não representa as necessidades reais e todo o resto precisa ser discutido, sob pena de estarmos diante de apenas mais um cessar-fogo”.

 

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