Terça-feira, 05 de agosto de 2025

Reunião no vestiário escancara crise tática no Inter após derrota para o São Paulo

Após a derrota por 2 a 1 para o São Paulo, no último domingo (3), pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro, o clima no vestiário do Inter foi de profunda reflexão. Jogadores, comissão técnica e dirigentes participaram de uma longa reunião que revelou um diagnóstico preocupante: o esquema tático do técnico Roger Machado está mapeado pelos adversários.

Embora o Colorado tenha entrado em campo contra o Tricolor Paulista com uma formação diferente, a discussão no vestiário reforçou um problema que já vinha sendo apontado internamente. O tradicional 4-2-3-1, que sustentou a boa campanha em 2024 — incluindo uma sequência de 16 jogos de invencibilidade, o título do Gauchão e um início promissor no Brasileirão e na Libertadores deste ano — parece ter se tornado previsível.

Há consenso entre parte do elenco e da diretoria de que o modelo tático de Roger Machado foi “visado” e “mapeado” pelos adversários. A estrutura com quatro defensores, dois volantes, três meias (dois abertos pelas pontas) e um atacante centralizado tem sido facilmente neutralizada.

Outro ponto levantado na reunião foi a escassez de variações táticas. Com Fernando em campo, o Inter conseguia alternar entre o 4-2-3-1, o 3-5-2 e até o 4-4-3 ao longo das partidas. No entanto, nas últimas seis rodadas, essa flexibilidade desapareceu.

A adoção do 3-5-2 contra o São Paulo foi mais do que uma tentativa de espelhar o adversário — foi uma busca desesperada por soluções. A ideia era surpreender o Fluminense na partida de volta da Copa do Brasil, marcada para esta quarta-feira (6). O problema é que, com jogos em sequência no meio e no fim de semana, a nova formação ainda não teve tempo suficiente de treino para se consolidar.

Com a temporada entrando em sua fase decisiva, o Inter se vê pressionado a encontrar alternativas táticas e recuperar o desempenho que o colocou entre os protagonistas do futebol brasileiro em 2024. A reunião no vestiário foi apenas o primeiro passo — agora, Roger Machado e sua equipe precisam transformar o diagnóstico em ação.

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