Quinta-feira, 06 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 28 de março de 2023
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski resolveu antecipar sua aposentadoria em quase um mês e deve deixar a Corte logo depois da Páscoa (celebrada em 9 de abril). A decisão já foi comunicada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo o jornal O Globo, Lula e o ministro já conversaram sobre a sua sucessão na última quarta-feira (22), quando ambos estavam em Recife, capital pernambucana. Na ocasião, Lewandowski homologou o acordo entre a União e o Estado de Pernambuco para gestão compartilhada do arquipélago de Fernando de Noronha.
A homologação aconteceu no Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo de Pernambuco, com a presença da governadora Raquel Lyra (PSDB). Chamou a atenção dos presentes a conversa prolongada dos dois numa mesa em que ficaram afastados das demais autoridades.
Lewandowski defende que o seu lugar seja ocupado pelo advogado Manoel Carlos de Almeida, seu ex-assessor e ex-secretário-geral do STF. Já Lula prefere o advogado Cristiano Zanin. Ainda segundo a publicação, o presidente já teria se decidido.
O ministro completa 75 anos em 11 de maio e poderia permanecer no Supremo até essa data. A sua decisão de antecipar a aposentadoria, no entanto, já teria sido comunicada a alguns interlocutores.
Sucessão
Com a aposentadoria de Lewandowski, Lula também terá que antecipar o processo de escolha de um nome para a vaga.
Em conversas no STF, o ministro Lewandowski não tem economizado elogios ao jurista e professor Manoel Carlos de Almeida Neto, que foi Secretário-Geral da Presidência do STF e do TSE e é pós-doutor e doutor em Direito Constitucional pela USP.
“Ele é uma espécie de filho para mim”, disse recentemente Lewandowski para dois interlocutores no Salão Branco do Supremo.
Já o presidente Lula tem elogiado publicamente o seu advogado Cristiano Zanin em vários momentos. Mas no Palácio do Planalto e no Congresso Nacional, interlocutores do presidente avaliam o custo político de uma indicação de Zanin para a primeira vaga.
“Uma coisa é certa: nessas duas vagas, Lula fará uma escolha pessoal baseada na sua experiência com a própria Corte”, sinalizou ao blog um ministro próximo de Lula.