Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 8 de abril de 2025
Um estudo da Universidade Tecnológica de Nanyang (NTU), em Singapura, acendeu um novo alerta global sobre os impactos do aquecimento global. Publicada em 29 de janeiro deste ano, a pesquisa aponta que o nível do mar pode subir até 1,9 metro nos próximos 75 anos, caso as emissões de carbono continuem elevadas – cenário que colocaria em risco cidades costeiras ao redor do mundo.
“A projeção máxima de 1,9 metro destaca a necessidade de que os responsáveis por decisões públicas planejem a infraestrutura crítica com antecedência”, afirmou o doutor Benjamin Grandey, principal autor da pesquisa.
“Mais importante ainda, esses resultados reforçam a importância de mitigar as mudanças climáticas por meio da redução das emissões de gases de efeito estufa”, acrescentou.
Caso a previsão se concretize, diversas cidades da América do Sul poderão ser engolidas pelo avanço do oceano, segundo a ferramenta de avaliação de riscos costeiros da organização Climate Central. Entre as mais vulneráveis estão: Rio de Janeiro, Porto Alegre e Punta del Este.
Como enfrentar
O estudo da NTU, disponível na íntegra, reforça a urgência de medidas concretas contra o aquecimento global. A emissão contínua de dióxido de carbono é apontada como a principal causa do aumento das temperaturas globais e do derretimento acelerado das calotas polares.
Sem uma redução expressiva desses gases, futuras gerações poderão presenciar a submersão de grandes centros urbanos.
“Esta pesquisa da NTU representa um avanço significativo na ciência do nível do mar. Ao estimar a probabilidade dos cenários mais extremos, ela destaca os impactos graves da elevação do mar nas comunidades costeiras, na infraestrutura e nos ecossistemas, evidenciando a necessidade urgente de combater a crise climática”, declarou o professor Benjamin Horton, diretor do Observatório da Terra de Singapura.
De acordo com a organização ambiental Earth, embora a redução dos gases de efeito estufa seja essencial, ela não é suficiente. Também é necessário adotar medidas de adaptação.
Governos devem investir em sistemas de proteção contra inundações, planejar o crescimento urbano de forma sustentável e reforçar as respostas a emergências climáticas. Sem essas iniciativas, o mundo pode entrar em uma nova era marcada por migrações em massa provocadas pelo colapso ambiental.
(Com informações do jornal O Globo)