Quarta-feira, 03 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 2 de setembro de 2025
De acordo com levantamento inicial da Emater/RS-Ascar, o Rio Grande do Sul terá uma produção de 35.328.754 toneladas, o que significa 27,30% a mais em relação a safra passada, que registrou 27.752.455 toneladas de grãos, incluindo soja, arroz, milho, milho silagem, feijão e sorgo.
As estimativas iniciais da safra de grãos de verão 2025/2026 foram apresentadas durante o tradicional café com a imprensa, na Arena da Extensão, na Expointer, nessa terça-feira (2).
O destaque vai para o milho grão, que deve apresentar aumento de área de 9,31%, passando de 718.190 hectares cultivados na safra anterior, para 785.030 hectares para esta safra. A produtividade calculada pela tendência é de 7.376 quilos de milho por hectare, diminuição de 0,03% em relação à produtividade da safra passada, que foi de 7.378 quilos de milho por hectare.
Essas projeções geram uma expectativa de produção de 5.789.995 toneladas, ou seja, aumento de 9,45% acima das 5.290.051 toneladas de milho produzidas na safra passada.
Já a soja, principal commodity cultivada no Estado, a produção projetada é de 21.440.133 toneladas, aumento de 57,14% do que na safra passada, que foi de 13.643.936 toneladas do grão, numa área de 6.742.236 hectares, 0,80% menor do que na safra passada, quando foram cultivados 6.796.916 hectares. A produtividade esperada é de 3.180 quilos de soja por hectare nesta safra, 58,29% acima da produtividade em 2024/2025, que foi de 2.009 quilos de soja por hectare.
“Importante ressaltar que, de todas as regiões produtoras de soja, três ultrapassam 1 milhão de hectares projetados para serem cultivados nesta safra, que são Bagé, Ijuí e Santa Maria, apesar da pequena redução de área esperada, reflexo da estiagem passada”, avalia o diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, ao apresentar as projeções para a safra de grãos de verão.
No caso do milho e do milho silagem, Baldissera observa a variação das produtividades apresentadas nas diversas regiões produtoras, que visivelmente reflete as ambiências de cada região, mas que merece um olhar técnico mais apurado.
A área a ser cultivada com milho silagem nesta safra é de 366.067 hectares, 2,74% a mais do que na safra passada, quando foram cultivados no RS 356.300 hectares. Com uma produtividade esperada de 38.338 quilos de milho silagem por hectare, 5,28% a mais do que na safra passada, que foi de 36.416 quilos por hectare, o milho silagem deve atingir uma produção 8,29% maior, passando de 12.960.145 toneladas na safra passada para 14.034.434 de toneladas de milho silagem nesta safra.
Feijão
O feijão 1ª safra apresenta como estimativa inicial uma redução da área de 15,27%, passando de 30.797 hectares cultivados na safra passada para 26.096 hectares a serem cultivados nesta safra de verão no RS. A produtividade esperada é de 1.779 quilos de feijão por hectare, ou seja, 2,97% inferior à da safra passada, que foi de 1.833 quilos de feijão por hectare. Isso permite projetar uma produção estadual de feijão 46.412 toneladas nesta safra, queda de 17,27% em relação a safra anterior.
Arroz
No arroz, dados do Instituto Riograndense do Arroz (Irga) também apresentam redução de área de 5,17%, passando de 970.216 hectares para 920.081 hectares nesta safra, o que projeta uma produção 8,10% menor do que na safra passada, que foi de 8.762.370 toneladas, para 8.052.213 toneladas nesta safra. A produtividade esperada nesta safra é de 8.752 quilos de arroz por hectare, 3,23% menor do que na safra passada, que foi de 9.044 quilos de arroz por hectare.
A novidade nesta estimativa inicial é a inclusão do sorgo como uma cultura que ocupa áreas consideráveis, a exemplo de Bagé, onde é cultivado em mais de 8 mil hectares, totalizando no Estado 11.888 hectares.
Projeções
Antes da apresentação das estimativas de produção dos grãos de verão, o meteorologista da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Flávio Varone, projetou uma primavera dentro da normalidade, com precipitações em setembro e outubro dentro da média, sendo novembro esperado como mais seco, ou seja, com chuvas abaixo da média. As temperaturas ficarão mais elevadas, acima da média no trimestre de setembro a novembro. Já para o verão, a tendência é de temperaturas acima da média e chuvas próximas da média.