Quarta-feira, 11 de setembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 2 de agosto de 2024
Lançado nesta semana pela Rede de Observatórios da Indústria, o novo “Atlas da Inovação” mostra o Rio Grande do Sul em segundo lugar entre os Estados com maior número de iniciativas no setor, em ranking liderado por São Paulo. Já Porto Alegre aparece na quinta colocação entre as cidades brasileiras. O levantamento é detalhado em portaldaindustria.com.br.
O Rio Grande do Sul conta com 10% do total de ativos em ciência e inovação do país. Ativos são todos os elementos tangíveis e intangíveis que contribuem para o avanço do conhecimento científico e tecnológico, incluindo startups, laboratórios, incubadoras, patentes e centros de pesquisa.
São Paulo está na liderança, com 27,6%. Minas Gerais (9,6%), Paraná (9%) e Rio de Janeiro (8,3%) completam os cinco primeiros. Entre as cidades, Porto Alegre tem 2,7% do total de ativos e aparece atrás de São Paulo (11%), Rio de Janeiro (6%), Curitiba (4,2%) e Belo Horizonte (3,1%).
De acordo com a titular da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), Simone Stülp, o desempenho comprova o papel de destaque que o Estado ocupa no cenário da inovação:
“Esta colocação é fruto de investimentos expressivos, com ênfase na forte atuação da quádrupla hélice, que reúne governo, academia, iniciativa privada e sociedade civil organizada. É nessa união de esforços que está o nosso diferencial, inclusive para este momento de recuperação após a emergência climática. Como governo, temos trabalhado para retomar nossas ações e construir políticas públicas robustas e eficientes”.
Correalizado pelo governo do Rio Grande do Sul, o evento “South Summit Brazil” é um exemplo de ação que fomenta a potência inovadora do Estado, reunindo startups, empresas, fundos de investimento e outros atores do ecossistema nacional e internacional. A quarta edição do evento foi confirmada para 9 a 11 de abril de 2025, mais uma vez em Porto Alegre.
Além disso, o governo, por meio da Sict e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs), investe em editais. Somente em 2023, foram anunciados mais de R$ 200 milhões para projetos de pesquisa e inovação nas áreas de semicondutores, agronegócio, saúde, games, educação, inovação aberta e meio ambiente, entre outras.
A Sict também desenvolve uma série de iniciativas para alavancar os setores considerados prioritários no seu planejamento estratégico para o período de 2023 a 2026. O “Inova RS”, programa “guarda-chuva” da pasta, atua na lógica dos ecossistemas regionais de inovação.
Já o programa “Startup Lab” busca incentivar a inovação aberta com a aproximação entre os desafios de empresas e as soluções de startups. Além disso, o projeto Rotas da Inovação tem percorrido todas as regiões gaúchas para fortalecer a articular ainda mais essa quádrupla-hélice.
Saiba mais
A Rede de Observatórios do Sistema Indústria e o Observatório Nacional da Indústria mapearam quais são os estados com mais ativos em ciência e inovação do Brasil e quais os principais setores. No estudo, mais de 140 mil ativos foram incluídos. A categoria patentes lidera a corrida tecnológica brasileira, com mais de 48 mil registros. Em seguida, vêm grupos de pesquisa e laboratórios.
Os principais setores são tecnologia da informação e comunicação, energia e saúde. No mesmo documento consta o número de empresas com potencial inovador no País, incluindo startups, empresas beneficiadas com financiamento não reembolsável e empresas residentes em parques tecnológicos. O Rio Grande do Sul ocupa o segundo lugar do ranking com 1.202 empresas (13%), atrás apenas de São Paulo (38,7%).
“Trata-se de um trabalho de levantamento e compilação de informações bastante minucioso que certamente será útil para apoiar a tomada de decisão de gestores públicos e privados”, pontua o diretor de Conhecimento para Inovação, Ciência e Tecnologia da Sict, Diego Moraes. Ele complementa:
“Os resultados observados para o Rio Grande do Sul, que figura em segundo lugar no volume de ativos, atrás apenas de São Paulo, reitera, em consonância com outros índices e estatísticas, a pujança do ecossistema de inovação gaúcho, que será protagonista nesse momento de recuperação econômica, social e ambiental do Estado”.
(Marcello Campos)