Segunda-feira, 07 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 31 de janeiro de 2023
O MDB declarou nesta terça-feira (31), um dia antes da eleição do Senado, apoio ao atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O partido faz parte da base aliada do governo Lula, que trabalha pela reeleição de Pacheco.
No dia do pleito, o MDB será a terceira maior bancada do Senado, com 10 senadores. Apenas uma senadora da legenda, Ivete da Silveira (MDB-SC), disse que vai escolher o adversário de Pacheco na eleição, Rogério Marinho (PL-RN). A expectativa é de que os outros nove senadores da sigla votem em Pacheco.
Risco de traições
Como a votação é secreta, por mais que um partido feche questão em torno do nome de um candidato, traições costumam acontecer. Se Pacheco vencer, o acordo é para que Veneziano Vital do Rêgo (PB), do MDB, continue na primeira vice-presidência. A primeira- secretaria deve ficar com Rogério Carvalho (SE), do PT, sigla que também pleiteia alguma comissão permanente.
O líder do partido, Eduardo Braga (AM), pontuou que a bancada está “unida”. Para ele, o atual presidente do Senado tem “compromisso com a democracia” e com “programas de geração de emprego e renda”. A eleição está marcada para esta quarta-feira (1º), às 16h.
Partido de Pacheco
Três senadores do partido de Rodrigo Pacheco, o PSD, anunciaram que votarão no principal adversário do mineiro na disputa, Rogério Marinho. Nelsinho Trad (PSD-MS), que era líder da bancada, Lucas Barreto (PSD-AP) e Dr. Samuel Araújo (PSD-RO) declararam voto ao lado de Marinho em coletiva de imprensa. O PSD é a maior bancada da Casa, com 15 senadores.
Uma liderança do PL disse, nos bastidores, que espera 7 votos do partido do Pacheco. Contudo, a sigla ainda faz parte da base do governo, que apoia o atual presidente do Senado.
União Brasil
Na segunda (30), o líder do União Brasil e principal cabo eleitoral de Pacheco, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou independência da bancada. Isso aconteceu porque ao menos dois senadores da legenda devem votar em Marinho.
Os votos contra Rodrigo Pacheco no União Brasil devem vir dos senadores Alan Rick (AC) e Sérgio Moro (PR).
Principal articulador da reeleição do mineiro, Alcolumbre é motivo de insatisfação dentro do partido de Pacheco. Senadores do PSD querem mais espaço na Mesa e nas comissões e se sentem preteridos nas negociações de Alcolumbre.
Alcolumbre, que foi aliado de Bolsonaro, já estabeleceu uma boa relação com o presidente Lula, e conseguiu indicar três aliados para ministérios.