Romário é condenado a pagar indenização de R$ 2 milhões

A juíza Simone Cavalieri, do TJ do Rio de Janeiro, condenou, nesta sexta-feira, o ex-jogador e senador Romário e o advogado Luiz Sérgio de Vasconcelos Junior por fraudarem a execução de processo movido por uma conhecida construtora.

Romário foi condenado a seis meses de detenção, pena substituída por prestação pecuniária de 360 salários mínimos em favor da construtora, além de indenização mínima de R$ 2 milhões.

Já Luiz Sérgio também foi condenado a seis meses de detenção, substituída por prestação pecuniária de 360 salários mínimos, além de indenização de R$ 10 milhões. Ainda cabe recurso contra as punições.

Segundo a acusação, o senador, ciente de que já havia uma execução contra ele, transferiu bens para outras pessoas na tentativa de atrapalhar a Justiça e evitar o pagamento da dívida. Como a transferência foi realizada depois que a dívida já estava reconhecida e o processo de cobrança em andamento, o juiz entendeu que houve fraude à execução.

Ainda de acordo com a sentença, não se tratou de uma simples doação, mas de uma ação intencional para esconder patrimônio e frustrar a eficácia da execução.

A decisão também cita outra tentativa de fraude, ocorrida em 2019. Na época, Romário deveria receber do Vasco da Gama a cessão de R$ 15 milhões a título de honorários. Segundo o documento, o senador buscava evitar que o valor fosse usado para quitar as dívidas com a Koncretize.

O que diz Romário:

A assessoria do senador Romário enviou o seguinte posicionamento. “Ainda cabe recurso, e há confiança plena na equipe jurídica para que tudo seja resolvido da melhor forma possível”, afirmou o senador.

Romário na política

Romário de Souza Faria, ex-jogador de futebol e campeão mundial pela Seleção Brasileira em 1994, ingressou na política em 2010, eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro. Em 2014, foi eleito senador, destacando-se pela defesa dos direitos das pessoas com deficiência, área em que atua devido à filha ter síndrome de Down.

Filiado atualmente ao PL, Romário já presidiu a CPI do Futebol, buscando investigar irregularidades na CBF, e concorreu ao governo do Rio em 2018. Apesar de controvérsias envolvendo acusações judiciais e polêmicas pessoais, mantém forte capital político, combinando sua popularidade esportiva com atuação parlamentar. Com informações dos portais CNN e O Globo.