Segunda-feira, 10 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 28 de junho de 2025
Ruanda e a República Democrática do Congo assinaram nessa sexta-feira, 27, em Washington, sob mediação dos Estados Unidos, um acordo para por fim a um conflito no leste da RD Congo que causou milhares de mortes.
O acordo, firmado pelos ministros das Relações Exteriores Thérèse Kayikwamba Wagner, da RD Congo, e Olivier Nduhungirehe, de Ruanda, na presença do chefe da diplomacia americana Marco Rubio, inclui a promessa de Ruanda de encerrar suas medidas defensivas no país vizinho, onde rebeldes tomaram um vasto território.
“Toda a região inicia um novo capítulo de esperança e oportunidade, harmonia, prosperidade e paz”, disse o presidente Donald Trump durante encontro com os chanceleres de ambos os países na Casa Branca.
Os rebeldes do M23, que segundo especialistas das Nações Unidas e dos Estados Unidos receberam apoio militar de Ruanda, avançaram no leste da RD Congo desde janeiro, tomando cidades-chave como Goma e Bukavu.
Durante a cerimônia de assinatura do acordo no Departamento de Estado em Washington, Massad Boulos, principal assessor de Trump para a África, garantiu que o pacto incluía o levantamento das medidas defensivas por parte de Ruanda.
O governo de Kinshasa tem, há tempos, denunciado que o M23, formado majoritariamente por tutsis, recebe apoio militar de Ruanda.
O país vizinho, por sua vez, negou apoiar diretamente os rebeldes, mas diz que sua segurança tem sido ameaçada por grupos armados no leste da RDC há décadas, em particular as Forças Democráticas para a Libertação de Ruanda, criadas por ex-líderes hutus ligados ao genocídio dos tutsis em Ruanda em 1994.
O ministro ruandês Olivier Nduhungirehe assegurou nessa sexta na cerimônia que a RDC aceitou pôr fim a todo apoio aos militantes hutus.
(Com informações do O Estado de S.Paulo)