Terça-feira, 17 de junho de 2025

Rússia diz que ajuda militar à Venezuela não será usada para atacar a Colômbia

A Rússia prometeu que o equipamento militar dado à Venezuela não será usado para atacar a Colômbia, desestabilizar a América Latina ou que vai acabar nas mãos de grupos armados ilegais, disse a ministra das Relações Exteriores e vice-presidente da Colômbia, Marta Lucia Ramirez.

“Precisamos que não haja o menor risco de que a cooperação militar que existe entre a Rússia e a Venezuela, há muito tempo, possa eventualmente, por descuido ou qualquer motivo, levar qualquer equipamento militar russo às mãos de grupos armados ilegais que estão presentes na fronteira”, disse Ramirez, após uma reunião com o embaixador russo Nikolay Tavdumadze e outras autoridades.

“O embaixador russo nos expressou que nenhuma cooperação militar da Rússia com a Venezuela jamais será usada para qualquer ação militar contra a Colômbia, nem qualquer país da América Latina, nem para afetar a estabilidade da região”, acrescentou.

O ministro da Defesa da Colômbia, Diego Molano, disse na semana passada que a Venezuela estava movendo tropas para a fronteira dos países com assistência técnica da Rússia e do Irã, chamando o possível deslocamento de “interferência estrangeira”.

Molano, citando fontes de inteligência, disse que houve movimentos de tropas em frente à província colombiana de Arauca, que tem presenciado combates ferozes entre guerrilheiros do ELN (Exército de Libertação Nacional) e ex-rebeldes das FARC pelo controle do tráfico de drogas.

Autoridades colombianas na reunião entre Ramirez e Tavdumadze, incluindo Molano, pediram à Rússia que garanta que os acordos de uso final de armas sejam cumpridos, para que não possam ser usados ​​por terceiros, disse o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia em comunicado.

Tavdumadze, também falando após a reunião, disse que a situação foi resolvida e as conversas continuarão pelos canais diplomáticos.

O governo colombiano acusa o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de abrigar dissidentes das FARC que rejeitam um acordo de paz de 2016, bem como o ELN, algo que ele negou repetidamente.

A província de Arauca está enfrentando uma onda de violência crescente, com pelo menos 24 pessoas mortas recentemente em confrontos e um carro-bomba.

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