Sábado, 13 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 12 de setembro de 2025
A Rússia informou nesta sexta-feira, 12, que abateu 221 drones ucranianos durante a noite, em um dos maiores ataques dos militares de Kiev em três anos e meio de ofensivas russas.
O Ministério da Defesa de Moscou disse que os sistemas de alerta “interceptaram e destruíram” os drones, muitos dos quais sobrevoavam as regiões de Bryansk e Smolensk.
O número inclui cerca de 28 drones abatidos na região de Leningrado, que circunda a cidade de São Petersburgo.
No entanto, França e Alemanha agiram para reforçar a defesa do espaço aéreo polonês, na véspera de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para discutir essas acusações.
A Rússia tem atacado a Ucrânia com ações regulares de drones como parte de uma ofensiva em andamento após sua invasão em 2022.
Polônia pede ajuda à Otan
A Polônia acionou o artigo 4 da Aliança Militar do Atlântico Norte (Otan) e falou em risco de guerra com a Rússia após diversos drones russos sobrevoarem o território polonês. Caças da Otan e equipamentos de defesa aérea, como os mísseis Patriot, foram utilizados para abater os drones, disseram as autoridades. A Rússia negou as violações.
O episódio marca um raro confronto entre Moscou e a aliança, liderada pelos EUA, e aumenta o risco de uma guerra em larga escala na Europa. O artigo 4, ativado pela Polônia, convoca os Estados membros da aliança a discutem se houve violação à integridade territorial, a independência política ou a segurança de qualquer país da aliança.
A última vez que o artigo havia sido convocado foi em fevereiro de 2022, justamente quando a Rússia decidiu invadir a Ucrânia.
O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, afirmou em discurso ao Parlamento polonês que a primeira violação do espaço aéreo polonês foi registada por volta das 23h30 desta terça-feira e a última, às 6h30 desta quarta. Ao todo, a Polônia registrou 19 violações do espaço aéreo. “Isso dá uma ideia da escalada”, afirmou. “Durou a noite inteira.”
Tusk acrescentou que o episódio cruza um limite que até então não havia sido violado na guerra. “Não tenho motivos para afirmar que estamos à beira da guerra, mas uma linha foi cruzada e é incomparavelmente mais perigoso que antes”, disse. “Esta situação nos aproxima mais do que nunca de um conflito aberto desde a Segunda Guerra Mundial.” Com informações do portal Estadão.