Terça-feira, 30 de setembro de 2025

Sai o presidente do Supremo falante e cantor e entra o clássico “juiz fala nos autos”

Auxiliares do ministro Edson Fachin, que nessa segunda-feira (29), assumiu a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), brincam que as diferenças em relação ao antecessor, Luís Roberto Barroso, aparecerão até mesmo na comunicação. Enquanto Barroso se empenhou para promover linguagem simples na Justiça e puxou a orelha de colegas por palavras ininteligíveis nos votos, Fachin é reconhecido por manifestações com termos técnicos, o que interlocutores apelidaram, com bom humor, de “fachinês”. Com a devida vênia, o ministro costuma ressaltar as expressões em latim, por exemplo.

Além disso, nas poucas vezes em que vai a eventos fora do Supremo, como palestras, Fachin prepara uma apresentação, que lê na íntegra, como uma aula. Não fala de improviso. No modelo do magistrado clássico, se manifesta somente nos autos. Estilo bem diferente de seu antecessor.

Na gestão Barroso, por outro lado, o então presidente saiu em defesa de sua participação em grandes eventos com empresários. “Se eu não pudesse me relacionar com quem interesse no STF, eu precisaria ficar trancado em casa”, disse o magistrado em junho passado, durante um evento no Guarujá (SP).

O ministro já havia abordado o tema em 2024, no plenário: “Essa ideia de que participar de evento onde tem empresários é um problema ético é um equívoco. Até porque coisas eticamente erradas, se tivessem que acontecer, e felizmente não acontecem, não aconteceriam em congressos com 2 mil pessoas, aconteceriam em recantos fechados”.

As declarações controversas de Barroso incluíram uma alfinetada no presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O ministro disse, em inglês: “Make lying wrong again (faça mentir ser errado novamente)”. A declaração, dada em uma palestra em Brasília em julho passado, fez um paralelo com o mote trumpista “faça a América grande novamente”.

Primeira reunião 

No dia seguinte à posse na presidência, nesta terça-feira (30), Fachin dedicará sua agenda a se reunir com presidentes de Tribunais de Justiça de todo o País. O gesto mostra a atenção que o próximo presidente do Poder Judiciário dará a pautas internas. Ao contrário de Fachin, que não fará festa, Barroso fez celebrações ao assumir e ao se despedir da chefia da Corte, ocasiões em que cantou ao lado de sambistas. (Com informações da Coluna do Estadão, de O Estado de S. Paulo)

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