Terça-feira, 02 de dezembro de 2025

Saiba a diferença entre a dengue clássica e a hemorrágica; veja os cuidados

O aumento do número de casos de dengue no País tem preocupado a população. Por isso, é preciso estar atento aos primeiros sinais da doença e evitar o agravamento dos sintomas. A arbovirose transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti tem quatro sorotipos diferentes, sendo que todos eles são capazes de causar desde a dengue clássica até a hemorrágica, que é a mais grave.

Após a picada pelo mosquito infectado, os primeiros sintomas de dengue aparecem entre quatro e dez dias. Os sinais mais comuns são mal-estar, fadiga, febre alta (acima de 38ºC), dor no corpo, dor atrás dos olhos, dor de cabeça e dor nas articulações. Outros sintomas que podem aparecer são vômito, náusea, diarreia e manchas no corpo. Há ainda casos assintomáticos ou com a presença de apenas um destes sinais.

Ambos os tipos de dengue apresentam os mesmos sintomas nos primeiros dias. A diferença costuma ficar mais evidente entre o terceiro e o sétimo dia, quando a febre cessa. No caso da dengue hemorrágica, aparecerão alguns sinais de alerta. Os pacientes podem ter queda da pressão arterial, tontura, dor abdominal, vômito contínuo, pontos arroxeados na pele e até sangramentos na gengiva, boca, nariz, ouvido, intestino, na urina e nas fezes.

A reinfecção de dengue é um dos fatores significativos para o desenvolvimento do quadro de dengue hemorrágica. Um alerta dado para a população é de que a ingestão de anti-inflamatórios também influencia no agravamento por aumentarem o risco de hemorragia. Mulheres grávidas, crianças e idosos também têm mais chances de desenvolver complicações.

Tratamento

Para o tratamento do vírus da dengue, ainda não há medicamentos específicos. A recomendação é manter a hidratação com soro e ingestão de água, água de coco e suco de frutas.

Para aliviar os demais sintomas, podem ser receitados para os pacientes medicamentos analgésicos. Em casos leves, o vírus permanece durante sete dias e os sinais costumam desaparecer depois de uma semana.

Mas, até um mês depois dos sintomas, é normal sentir fraqueza pós-viral.

Vacina

Com o início da vacinação contra a dengue em fevereiro pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil vai se tornar o primeiro país no mundo a oferecer a vacina na rede pública.

No entanto, a imunização terá como público-alvo as crianças e os adolescentes de 10 a 14 anos que moram em cidades que correspondem 10% do total de municípios do País.

Segundo o Ministério da Saúde, a restrição na cobertura vacinal se deve à baixa capacidade na produção do imunizante pelo laboratório Takeda Pharma.

A imunização foi anunciada pelo governo desde o início da nova gestão do Ministério da Saúde, em meio à alta de casos e mortes no País.

A vacina Qdenga foi comprada do laboratório japonês Takeda Pharma. Ao todo, vão ser entregues 6,5 milhões de doses – 5,2 milhões foram compradas e o restante foi doado pela fabricante. O volume, segundo a produtora, é o limite da sua capacidade de produção.

A expectativa é que em 2025 sejam entregues 2,5 milhões de doses a mais. Além disso, há expectativa de ampliação da vacinação com imunizante em desenvolvimento pelo Instituto Butantan.

A imunização completa depende de duas doses. Ou seja, o volume de pessoas atendidas representa a metade do número de vacinas compradas.

Por causa do baixo volume, o governo teve que definir duas “regras de corte”. Com isso, o programa de vacinação vai atender apenas 521 dos mais de 5 mil municípios brasileiros.

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