Sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Saiba o que esperar do encontro entre Lula e Trump na Ásia

O possível encontro entre Lula e Donald Trump  neste domingo (26), em Kuala Lumpur, na Malásia, durante a cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), marca uma tentativa de reaproximação diplomática entre Brasil e Estados Unidos. A reunião tem como principal objetivo restabelecer o diálogo entre os dois países, após um período de distanciamento.

Entre os temas que devem ser abordados estão a situação em Gaza, o conflito na Ucrânia, questões relacionadas à Venezuela e materiais críticos como minerais e terras raras.

Esta deverá ser a primeira reunião entre os dois desde o breve contato entre eles na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, em setembro. Na ocasião, o encontro mas deixou boa impressão em ambos.

Durante sua fala no evento das Nações Unidas, Trump disse que o líder brasileiro parecia “ser um homem muito agradável” e que havia tido uma “química excelente” entre os dois. Dias depois, os presidentes conversaram ao telefone e Lula solicitou a retirada da sobretaxa de 50% imposta pelo governo norte-americano a produtos brasileiros.

“Eu quero ter a oportunidade de dizer ao Trump o que o Brasil espera dos Estados Unidos e o que o Brasil tem para oferecer. Eu já disse no telefone: não existe veto a nenhum assunto”, acrescentou Lula aos jornalistas na Indonésia. “Não tem assunto proibido para um país do tamanho do Brasil conversar com um país do tamanho dos EUA. Não tem nenhum veto. Vai ser uma reunião livre, a gente vai poder dizer o que quiser, ouvir o que quiser e o que não quiser também”.

Desafios comerciais

O atual cenário econômico apresenta desafios significativos para ambos os países. Os Estados Unidos enfrentam pressões internas devido à alta no preço da carne, que registrou aumento médio de 13% entre agosto de 2022 e 2023. O Brasil, mesmo com tarifas de 50%, mantém suas exportações de carne magra para o mercado americano.

O Brasil possui posição estratégica como detentor da segunda maior reserva de minerais críticos do mundo, com 21 milhões de toneladas métricas, atrás apenas da China, que possui 44 milhões. Este fator pode ser relevante nas discussões, considerando a atual dependência global desses recursos.

As expectativas para o encontro são de que seja um primeiro passo para futuras negociações técnicas. Após esta aproximação inicial, as discussões mais específicas devem ser conduzidas por equipes técnicas de ambos os países para possíveis acordos comerciais e cooperação em áreas estratégicas.

Sanções

Lula também quer discutir com presidente americano a aplicação de punições a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Quero discutir a punição que foi dada a ministros da Suprema Corte do Brasil, (algo que) não tem nenhuma explicação, nenhum entendimento”, disse o presidente.

Sete ministros do STF foram alvo de sanções dos Estados Unidos pela atuação da Corte no julgamento da trama golpista ocorrida durante o governo de Jair Bolsonaro. (Com informações da CNN Brasil e da Agência Brasil)

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