Segunda-feira, 07 de outubro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 1 de abril de 2024
A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, tem mostrado interesse em concorrer à vaga do Senado pelo Paraná, caso Sergio Moro seja cassado. Hoje, porém, existe um fator que pode fazê-la abrir mão do pleito: a nomeação para um ministério de Lula.
A deputada firmou com Lula o compromisso de permanecer na presidência do PT até a próxima eleição que escolherá o comando do partido, no começo de 2025. Na sigla, a expectativa é de que, após a escolha de seu sucessor, Gleisi passe a compor o primeiro escalão do governo.
Esse xadrez político deixaria a petista fora da disputa da eventual vaga de Moro, caso ele seja cassado e uma nova eleição para preencher a cadeira ocorra apenas em 2025. Neste cenário, o deputado e líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu, seria o nome da sigla a entrar na eleição.
Acordo
Gleisi Hoffmann esteve em Cuba na última quinta-feira (28), onde assinou um acordo de cooperação e intercâmbio com o Partido Comunista (PC) cubano.
O tratado é similar ao que a legenda assinou em setembro do ano passado com o Partido Comunista da China. O pacto visa reforçar os laços entre as duas organizações e fortalecer a troca de experiências, segundo a legenda.
A visita de Gleisi à ilha caribenha ocorreu na mesma semana em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, pela primeira vez neste mandato, um governo autoritário de esquerda.
Na última quinta, Lula criticou abertamente o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de quem é aliado histórico, por causa do veto do seu governo à candidatura de María Corina Machado, que saiu vencedora das primárias organizadas pela oposição. O petista disse que é “grave que a candidata não possa ter sido registrada, porque ela não foi proibida pela Justiça”.
A passagem de Gleisi pelo país caribenho ainda contou com um encontro com o presidente Miguel Diáz-Canel. Também participou da reunião o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ).
A presidente do PT escreveu nas redes sociais que transmitiu ao líder cubano o interesse de dialogar “sobre o que mais o Brasil pode fazer para ajudar Cuba, em meio ao bloqueio que está sofrendo”.
De acordo com a parlamentar, Diáz-Canel destacou “os excelentes vínculos entre as duas organizações políticas e a importância de aprofundá-las”.
O presidente cubano e primeiro secretário do Partido Comunista ainda teria agradecido, segundo Gleisi, o apoio de Lula aos cubanos por meio de parcerias para fazer frente ao embargo norte-americano.
Cuba enfrenta atualmente uma das piores crises econômicas de sua história. A situação na ilha tem se agravado a tal ponto que especialistas têm traçado paralelos com o chamado período especial, quando a economia cubana passou por severa recessão provocada pela dissolução do seu principal parceiro econômico e político, a União Soviética.