Quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Saiba por que a demissão do ex-ministro do GSI foi bem recebida pelas forças armadas

Integrantes da cúpula das Forças Amadas consideraram acertado o pedido de demissão do agora ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias.

A avaliação de militares de alta patente é a de que será positivo para as investigações a para o próprio general seu afastamento do cargo até a conclusão do inquérito sobre os atos golpistas. A leitura é que, ao final das apurações, Gonçalves Dias, como é conhecido, poderá voltar a esse ou a outro posto no governo Lula.

A ausência do ex-ministro na audiência do Congresso para falar sobre o 8 de janeiro, marcada nesta terça-feira, foi vista como um “mau sinal” por militares. Para eles, há “recortes de cenas” sobre o que houve nas invasões e é importante que os membros das Forças Armadas deem sua versão dos fatos.

Sem impacto

Os militares afirmam, no entanto, que a decisão de demissão não tem impacto sobre as Forças e que cabe ao presidente Lula cuidar desse tema. A Polícia Federal vai intimar Gonçalves Dias para prestar depoimento sobre sua atuação durante a invasão dos prédios dos Três Poderes. Até o momento, 81 militares foram ouvidos no caso.

A PF está em posse das imagens reveladas pela “CNN Brasil” que mostram membros do GSI, entre eles Gonçalves Dias, durante a invasão. Alguns chegaram a cumprimentar os vândalos e lhes servir água. Em nota, a pasta alega que os agentes de segurança atuaram, “em um primeiro momento, no sentido de evacuar os quarto e terceiro pisos do Palácio do Planalto”.

Homem de confiança

Marco Edson Gonçalves Dias é um homem de confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele já havia atuado ao lado do petista nos outros dois mandatos presidenciais, sendo responsável pela segurança do Chefe do Executivo.

O militar pediu exoneração após serem divulgadas, pela CNN Brasil, imagens de câmeras de segurança do Palácio do Planalto, do dia 8 de janeiro, em que ele e outros funcionários do GSI aparecem interagindo e orientando golpistas que invadiram o prédio, resultando em graves atos de depredação.

O nome do ex-ministro havia sido anunciado para o cargo em 29 de dezembro, antes mesmo da posse do presidente Lula. Ele atuou como Secretário de Segurança da Presidência da República nos dois mandatos anteriores de Lula e fez parte da transição para o segundo governo Lula, participando do grupo responsável pela área de inteligência estratégica. Quando a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) venceu as eleições, em 2010, ele foi nomeado chefe da Coordenadoria de Segurança Institucional.

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