Sábado, 04 de outubro de 2025

Saiba por que Ney Matogrosso não é militante da causa LGBT+

Ney Matogrosso, ícone da rebeldia e da contracultura em plena ditadura militar no Brasil, na década de 1970, se tornou símbolo de resistência a qualquer autoritarismo. Até mesmo quando ele provém, supostamente, das chamadas pautas identitárias.

Questionado sobre seu papel na luta pela causa LGBTQIAPN+ – e se poderia adotar uma postura mais contundente a respeito –, o artista costuma responder que sua pessoa por si só já é um símbolo de militância.

Ney considera desnecessário um discurso panfletário sobre o tema. O artista acredita que sua trajetória fala mais do que qualquer convenção ou evento ligados ao tema.

Em entrevista recente ao programa Conversa com Bial, da Rede Globo, transcrita pela Rolling Stone Brasil, ele afirmou: “Eu não tenho nenhum impulso dentro de mim para ir, por exemplo, para a Parada Gay. Eu não sinto essa necessidade. Querem que eu me exponha mais do que eu já me expus? Não é necessário.”

Ney acrescenta: “É aquela coisa: ‘Você não levanta a bandeira?’. Não. Eu não levantou a bandeira, eu sou a bandeira.”

Argumento similar apresentado anteriormente

O cantor e intérprete, um dos principais nomes da música brasileira, já havia dado resposta semelhante durante uma entrevista de 2019 à BBC News Brasil.

Na ocasião, ele argumentou:

“Olha, primeiro que ninguém pode me cobrar isso (militar mais). Eles dizem que eu não carrego a bandeira. A bandeira sou eu. Ou não sou? Eu sou a bandeira, eu não preciso carregar uma. A minha maneira de pensar, de me comunicar, de me apresentar. Eu sou a bandeira. Parem de me cobrar isso porque isso não tem fundamento.”

História contada em livro infantil

Após ter sua trajetória celebrada no aclamado filme “Homem com H”, Ney Matogrosso ganhará uma nova homenagem. Desta vez, a história do cantor e compositor será contada no livro “Ney Matogrosso — O Bicho do Mato”, voltado ao público infantil. A obra, que chega às livrarias no próximo mês de agosto, é escrita por Chris Fuscaldo e Camilo Solano e narra desde a infância de Ney em Bela Vista, no Mato Grosso do Sul, até a sua consagração como um ícone da música brasileira. As ilustrações são de Isabela Sultani.

Vale lembrar que o cantor Ney Matogrosso volta aos palcos da capital baiana no mês de agosto com o seu aclamado espetáculo “Bloco na Rua”. As apresentações acontecem nos dias 29 e 30, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, reunindo sucessos de diferentes fases da carreira do artista, além de releituras de músicas de outros compositores, em um roteiro que atravessa gerações.

No repertório, não faltarão sucessos como “Eu quero é botar meu bloco na rua” (Sergio Sampaio), “A Maçã” (Raul Seixas), “Álcool” (Bolero Filosófico), “O Beco” (Herbert Vianna/Bi Ribeiro), “Mulher Barriguda”, “Postal do Amor” (Fagner/Fausto Nilo/Ricardo Bezerra), “Ponta do Lápis” (Clodô/Rodger Rogerio), “Como 2 e 2” (Caetano Veloso), “Feira Moderna” (Beto Guedes/Lô Borges/Fernando Brant) e mais.

 

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