Sábado, 16 de agosto de 2025

Saiba quem é o corregedor que analisará as punições dos deputados que participaram do motim na Câmara

O deputado federal Diego Coronel (PSD-BA) será o responsável por analisar as representações que pediram o afastamento por até seis meses de 14 deputados que participaram do motim que provocou a obstrução dos trabalhos na Câmara na semana passada. Os parlamentares foram denunciados por participação do protesto que ocupou a Mesa Diretora por cerca de 30 horas para exigir que fossem pautados a anistia nos envolvidos no 8 de Janeiro e o fim do foro privilegiado.

Filho do senador Angelo Coronel (PSD-BA), ele foi eleito para o primeiro mandato no Congresso em 2022, ocupando anteriormente os cargos de deputado estadual e prefeito da cidade de Coração de Maria, no interior da Bahia. Na Câmara, ele é gestor da Corregedoria desde 9 de abril deste ano. O órgão assume a responsabilidade de analisar processos disciplinares provocados por quebra de decoro parlamentar e lida com ações que podem levar a cassações de mandatos.

A partir do momento que for comunicada, a Corregedoria da Câmara tem o prazo de 48 horas para dar uma resposta sobre os pedidos de suspensão dos mandatos. Se a decisão for favorável aos pedidos, a resposta é encaminhada de volta para a Mesa Diretora da Câmara, que deve repassar os pedidos de suspensão para o Conselho de Ética, que por sua vez terá o prazo de três dias úteis para votar as solicitações. Se não houver recurso ao plenário, a decisão já é confirmada.

Ao todo, pelo menos 14 congressistas que participaram do motim poderão ter seus mandatos suspensos por até seis meses. São eles:

* Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
* Nikolas Ferreira (PL-MG)
* Zucco (PL-RS)
* Allan Garces (PP-MA)
* Caroline de Toni (PL-SC)
* Marco Feliciano (PL-SP)
* Domingos Sávio (PL-MG)
* Marcel van Hattem (NOVO-RS)
* Zé Trovão (PL-RS)
* Bia Kicis (PL-DF)
* Carlos Jordy (PL-RJ)
* Paulo Bilynskyj (PL-SP)
* Marcos Pollon (PL-MS)
* Júlia Zanatta (PL-SC)

Entre os parlamentares listados, Van Hattem, Pollon e Zé Trovão são apontados como os casos mais graves. Os dois primeiros sentaram nas cadeiras da Mesa Diretora e resistiram a dar lugar para o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB) retomar os trabalhos. Zé Trovão, por sua vez, colocou a perna na frente do presidente da Câmara para impedir que ele se aproximasse do local.

Já a deputada Camila Jara (PT-MS), da base do governo e denunciada pelo PL por empurrar o colega Nikolas no plenário, também terá o caso avaliado pela Corregedoria, mas não consta na listagem por não ser representada por obstruir os trabalhos.

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