Quarta-feira, 16 de julho de 2025

Saiba quem é o megainvestigador brasileiro que está sendo investigado pela Comissão de Valores Mobiliários

O economista Luiz Barsi, de 83 anos, conhecido por ser o maior investidor individual da bolsa brasileira, é alvo de investigação pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por uso de informação privilegiada na Unipar Carbocloro (UNIP6), empresa na qual atua como conselheiro de administração.

Segundo dados públicos no site da autarquia, o processo sancionador “apura responsabilidades pelo uso de informação privilegiada ou insider information, como o mercado prefere, pelo administrador da Unipar Carbocloro, antes da divulgação do fato relevante do fato relevante de 2 de junho de 2021 pela companhia”.

O investidor veio a público, através da conta no Instagram de sua filha, a analista CNPI Louise Barsi, se pronunciar sobre o caso, afirmando que a investigação é um mero “procedimento de apuração” e que tem confiança de que “nada de errado foi praticado”.

Mas quem é Barsi? O maior investidor pessoa física da B3 tem 83 anos e possui um patrimônio estimado em R$ 2 bilhões apenas em ações, segundo a Revista Forbes. De origem humilde, ele ainda leva uma vida simples e sem extravagâncias mesmo com a fortuna acumulada.

Filho de imigrantes espanhóis, Barsi passou sua infância no bairro do Brás, em São Paulo. Desde cedo, trabalhou como alfaiate e engraxate para ajudar com as despesas da família. O contato com o mercado financeiro começou no início da década de 1960, quando ele conseguiu um emprego em uma corretora de valores. A partir daí, realizou um curso técnico em contabilidade e passou a investir o que sobrava do seu salário em ações. Nessa época, a Bolsa brasileira ainda contava com poucas companhias de capital aberto.

Barsi prosseguiu nos estudos e concluiu duas graduações. O investidor se formou em direito pela Faculdade de Direito de Varginha (MG) e em economia pela Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciências Atuariais da USP (FEA).

Desde 1970, ele segue o método da “carteira de ações previdenciária”, por questionar a estrutura do sistema previdenciário brasileiro. A estratégia, que prioriza investimentos a longo prazo, foca na compra de ações de empresas que pagam dividendos. Operando dessa maneira, fica mais fácil conseguir renda passiva para a aposentadoria.

Para conseguir receber mais dividendos, o bilionário procura comprar uma grande quantidade de ações e, pensando nisso, busca empresas com baixo valor no mercado.

Barsi tem em carteira ações de cerca de 15 companhias, como Banco do Brasil (BBAS3), Cemig (CMIG4), Grupo Ultra (UGPA3), Itaúsa (ITSA4), Klabin (KLBN4), Suzano (SUZB3), Taurus (TASA4) e Unipar Carbocloro (UNIP6).

Atualmente, Barsi é vice-presidente do conselho de administração da Unipar. A sua filha, Louise Barsi, é a conselheira suplente.

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