Quinta-feira, 11 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 11 de setembro de 2025
O ativista conservador Charlie Kirk, aliado do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, foi morto com um tiro em um atentado na quarta-feira (10), durante um evento no campus da Universidade Utah Valley em Orem, no Estado norte-americano de Utah.
Kirk, de 31 anos, morreu no hospital, para onde foi levado por seus seguranças após ter sido alvejado. O diretor do FBI (a polícia federal norte-americana), Kash Patel, afirmou que um suspeito de atirar contra o influenciador digital de extrema direita foi detido e liberado após prestar depoimento. O assassino ainda não foi localizado. “Nossa investigação continua e continuaremos a divulgar informações em prol da transparência”, escreveu Patel na rede social X.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram que Kirk falava sobre tiroteios em massa quando foi alvejado. Na ocasião, uma pessoa na plateia perguntou para Kirk: “Você sabe quantos atiradores em massa existiram nos Estados Unidos nos últimos 10 anos?”.
Segurando um microfone, ele respondeu: “Contando ou não a violência de gangues?”. Então, um tiro é ouvido e Kirk cai. Sangue pode ser visto no pescoço dele.
Uma multidão saiu correndo após o disparo. Havia cerca de 3 mil pessoas no evento. Segundo o senador Markwayne Mullins, a esposa e os dois filhos de Kirk estavam no local.
O disparo que matou Kirk parece ter sido feito de uma “posição elevada em um prédio acadêmico”, a cerca de 90 a 180 metros de distância, segundo autoridades.
Kirk era conhecido por conduzir debates ao ar livre em universidades dos EUA. Ele liderava o grupo de estudantes conservadores Turning Point USA e tinha um podcast, além de milhões de seguidores nas redes sociais.
O grupo, que ele fundou aos 18 anos, tinha como objetivo disseminar ideais conservadores em universidades de tendência liberal nos EUA.
Ele apoiou as falsas acusações de fraude feitas por Trump quando o republicano perdeu as eleições de 2020. O relacionamento entre Kirk e Trump se intensificou após a vitória do republicano no último pleito. Kirk compareceu à posse de Trump em janeiro e se tornou um visitante regular da Casa Branca.
No início deste ano, ele viajou com o filho de Trump, Donald Trump Jr., para a Groenlândia, em um momento em que o presidente defendia que os EUA comprassem ou tomassem o território, que pertence à Dinamarca.
Trump descreveu a morte do apoiador como um “momento sombrio para os Estados Unidos” e culpou a retórica da “esquerda radical” por causar violência política.