Por Redação do Jornal O Sul | 27 de novembro de 2025
O Rio Grande do Sul registrou 77.953 mil novas vagas com carteira assinada nos dez primeiros meses de 2025, resultado de 1.411.267 contratações e 1.333.314 desligamentos entre janeiro e outubro. Os números ultrapassam o saldo de todo o ano de 2024, quando o Estado contabilizou 63.497 postos formais, um crescimento de 22,8%. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgados nessa quinta-feira (27).
Para o titular da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Profissional (STDP), Gilmar Sossella, o crescimento dos indicadores têm relação direta com as ações promovidas pelo governo Leite em todo o RS para fortalecer a geração de empregos. “Cada vez mais a política de promoção da qualificação profissional, por meio de cursos e capacitações, está mostrando sua eficiência com esse crescimento dos níveis de empregabilidade”, destaca.
No ranking das unidades federativas com maior saldo positivo no ano, o Estado ocupa a sétima posição, permanecendo atrás apenas de São Paulo (502,7 mil), Minas Gerais (159,6 mil), Paraná (129,4 mil), Bahia (104,3 mil), Rio de Janeiro (104,2 mil) e Santa Catarina (101,1 mil).
A Região Sul, por sua vez, ocupou o terceiro lugar na geração de empregos no País, com 308.368 novos postos, em uma classificação liderada pela Região Sudeste, com 789.028 vagas formais, seguida do Nordeste, com 369.596.
Números de outubro
Em outubro, o Rio Grande do Sul apresentou saldo negativo de 256 vagas formais, a partir de 131.669 contratações e 131.925 desligamentos no mês. A queda dos indicadores está relacionada ao desempenho desfavorável da indústria, com o encerramento de 5.697 postos formais no período.
“Essa redução está diretamente relacionada às tarifas impostas ao Brasil pelos Estados Unidos. Com a sinalização de acordos para o fim da aplicação das taxas em muitos setores, temos convicção que nossos índices de geração de emprego na indústria voltarão a ser positivos”, explica o secretário.
O setor dos serviços liderou o ranking de empregos formais criados por grupamento de atividades no mês, com 2.505 novos postos de trabalho. O comércio ocupou a segunda posição, com a geração de 1.618 vagas, seguido da agropecuária, com 1.582 postos. Já a construção apresentou saldo negativo de 264 empregos no mês.
Municípios
Os cinco municípios com maior número de vagas formais criadas em outubro foram:
– Porto Alegre (397);
– Vacaria (292);
– Santa Rosa (263);
– Canoas (232);
– Passo Fundo (215).
Brasil
Segundo dados do Novo Caged, o Brasil gerou 85.147 postos de trabalho no mês, resultado de 2.271.460 admissões e 2.186.313 desligamentos. Com esse desempenho, o acumulado de janeiro a outubro de 2025 chega a 1.800.650 novos vínculos com carteira assinada, um crescimento de 3,8%. O saldo do ano é positivo em todos os grandes grupamentos de atividades econômicas.
Nos últimos 12 meses, de novembro de 2024 a outubro de 2025, o saldo chega a 1.351.832 postos de trabalho. Apesar de robusto, o número é inferior ao registrado entre novembro de 2023 e outubro de 2024, quando foram criadas 1.796.543 vagas. Com o resultado, o estoque de empregos formais no país alcança 48.995.950 vínculos celetistas.
Entre os cinco grandes setores da economia, dois registraram saldos positivos em outubro: Serviços, que abriu 82.436 postos (+0,3%), e Comércio, com 25.592 empregos (+0,2%). As informações são do Palácio do Planalto e do MTE.
