Sandra Gonçalves inaugura exposição no Centro Histórico e Cultural da Santa Casa
Por Redação Rádio Pampa | 3 de novembro de 2022
Sobreposições de imagens que evocam o caos e provocam a reflexão. A proposta da artista Sandra Gonçalves está presente na exposição “Tempo suspenso, entre a pandemia e o caos”, com curadoria de Letícia Lau.
A abertura será no dia 09 de novembro de 2022, quarta-feira, a partir das 19h, no Espaço Múltiplos Usos II do Centro Histórico e Cultural da Santa Casa (2º pavimento – Av. Independência, 75, Centro Histórico), em Porto Alegre. A mostra pode ser conferida de segunda a sábado, das 10h às 17h, até o dia 18 de dezembro. A entrada é franca. O projeto foi contemplado pelo edital de seleção de 2022 do espaço.
A exposição “Tempo suspenso, entre a pandemia e o caos” reúne duas séries com um total de 16 fotografias produzidas pela artista Sandra Gonçalves durante seu isolamento na pandemia. As obras foram criadas a partir de sobreposição de imagens.
Para aproximar o público deste processo, um dos trabalhos recebe uma camada separada da imagem, onde essa sobreposição poderá ser percebida dentro do espaço físico da exposição. São produções que provocam a reflexão sobre esse período e os efeitos do confinamento forçado, no qual o ser humano foi privado da sua rotina e do convívio social.
A série “Caos” aborda o isolamento humano derivado da fragilidade do corpo e a consequente perda de mobilidade e a série “Pandemia” é uma seleção de fotografias de outras séries da artista ressignificadas para o recorte dos trabalhos apresentados. Por meio de imagens do seu arquivo pessoal e mescladas com imagens de raio X, a artista propõe questionamentos acerca das condições que a presença do vírus impôs no cotidiano do frágil humano.
“O recorte de trabalhos das duas séries traz a percepção da artista, a partir do seu lugar, que enfrentou o confinamento para se preservar e preservar outras vidas. Há também uma preocupação empática e uma forma de estabelecer conexão com o outro em uma busca pela compreensão e sentido do seu sofrimento”, observa a curadora Letícia Lau.
