Por Redação do Jornal O Sul | 8 de junho de 2025
Após priorizar o sistema defensivo no jogo de anteontem com o Equador, que marcou sua estreia na seleção brasileira, o técnico Carlo Ancelotti pretende montar um Brasil mais ofensivo no jogo com o Paraguai. A mudança se dá pelo fato de a equipe jogar em casa, na Neo Química Arena, a partida que poderá garantir a classificação matemática à Copa do Mundo de 2026, mas, sobretudo, faz parte da filosofia do italiano, que rejeita dar uma identidade única aos times que dirige.
“Será uma partida diferente, acredito que teremos mais condições de controlar o jogo”, disse Ancelotti após o empate por 0 a 0 com os equatorianos em Guayaquil. “Temos que fazer um jogo com mais ritmo, mobilidade e intensidade. Acredito que assim faremos na nossa casa.”
Na partida contra os paraguaios, o treinador poderá contar com o atacante Raphinha, que não jogou contra o Equador por estar suspenso. O jogador do Barcelona é o artilheiro do Brasil nas Eliminatórias Sul-Americanas com cinco gols em dez jogos e teve uma ótima temporada europeia defendendo o Barcelona – foi eleito o melhor jogador da temporada 2024/25 pela LaLiga, organizadora do Campeonato Espanhol.
Com Raphinha, capaz de atuar tanto centralizado quanto pelo lado direito do ataque, a seleção naturalmente se tornará mais ofensiva devido às suas características..
Na sexta, o jogador participou do treino no CT do Corinthians, que reuniu jogadores que não atuaram em Guayaquil. Os titulares e os jogadores que atuaram por mais tempo no empate com os equatorianos realizaram um trabalho regenerativo em academia.
Lado bom
O treinador aprovou o desempenho defensivo da seleção em sua estreia. O setor, que teve o zagueiro Alexandro fazendo sua primeira partida pela seleção e a volta do volante Casemiro para dar proteção à zaga, foi elogiado por Ancelotti.
“A nível defensivo, foi uma ótima partida (contra os equatorianos). A equipe teve uma boa atitude, fez uma boa pressão ofensiva, praticamente não concedeu oportunidade para o Equador”, analisou o italiano. “O que poderia ter sido melhor é o controle da bola, mais fluído. Ao final, foi um bom empate, saímos satisfeitos e com confiança para o próximo jogo.”
Apesar disso, não está descartada a possibilidade de mudanças no setor, até para Ancelotti conhecer melhor os jogadores que convocou.
Filhor auxiliar
Davide Ancelotti, de 35 anos, filho de Carlo, foi anunciado como novo integrante da comissão técnica da seleção brasileira, comandada pelo pai. Ele chegará ao Brasil nos próximos dias para ser um dos auxiliares técnicos. Deve estrear já na partida desta terça (10), contra a seleção do Paraguai. Davide iniciou a carreira há dez anos e já trabalhou no Napoli, Everton, Bayern de Munique e Real Madrid. Com informações de O Estado de S. Paulo.
