Domingo, 03 de agosto de 2025

Sem Bolsonaro, manifestantes se reúnem em diversas capitais contra Lula e Alexandre de Moraes

Políticos, líderes da direita e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizam mais um ato neste domingo (3), na Avenida Paulista, em São Paulo. Bolsonaro não participa da manifestação, uma vez que cumpre medidas cautelares em Brasília impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Convocada pelo pastor Silas Malafaia, a manifestação ocorreu em várias cidades do País. Em São Paulo, o horário marcado era às 14h. Os manifestantes se concentraram próximos ao Museu de Arte de São Paulo (MASP), no início da avenida.

Entre os políticos presentes por volta das 15 horas, estavam o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB); o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto; e os deputados federais Sóstenes Cavalcante (PL), Nikolas Ferreira (PL) e Tomé Abduch (Republicanos).

O ato foi marcado por ausências importantes do campo da direita, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), cotado como principal herdeiro político de Bolsonaro. Segundo uma nota distribuída por sua assessoria, ele passa neste domingo por um procedimento hospitalar.

Diferentemente da manifestação de abril na Paulista, marcada pelo discurso de Bolsonaro em inglês, o ato deste domingo também não contou com nomes de outros possíveis presidenciáveis, como os governadores Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, Romeu Zema (Novo), de Minas, e Ronaldo Caiado (União), de Goiás.

Os apoiadores de Bolsonaro levaram faixas com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), além de pedidos de anistia aos condenados pela tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. Na mira dos manifestantes, estão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) citou a ausência do ex-presidente Bolsonaro, impedido de participar, e criticou o ministro Alexandre de Moraes.

“Jair Bolsonaro não pode falar, mas pode ver. Isso aqui é a tua força. Mesmo estando preso em casa, essa é a sua força, a sua voz, a semente que deixou para nosso país. O clima hoje está diferente, porque acharam que a gente ia desistir. Se lascou, Alexandre de Moraes. Enquanto tiver brasileiro de verde e amarelo, não vamos nos curvar a você”, ressalta.

“Dia 8 de janeiro não foi golpe. Sabe o que é golpe? Não ter Jair Bolsonaro nas eleição de 2026, derrubar as contas somente de quem é de direita, é abrir inquéritos que nunca acaba”, continuou.

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante Cavalcante lembrou os nomes dos participantes da tentativa de golpe do 8 de janeiro e classificou como “humilhação” a atual situação do ex-presidente Bolsonaro, que usa uma tornozeleira eletrônica por determinação do STF.

“Só com Bolsonaro nas urnas teremos paz. Caso contrário, teremos guerra nas ruas. Deixem Bolsonaro concorrer em 2026”, afirma.

O anfitrião do evento, pastor Silas Malafaia, afirmou que o presidente Lula é “o verdadeiro traidor do Brasil” e alfinetou lideranças da direita que disputam o legado do ex-presidente Jair Bolsonaro, impedido de concorrer à presidência em 2026.

“Cadê aqueles que dizem ser a opção no lugar de Bolsonaro. Onde estão? Era para estarem aqui. Bolsonaro é insubstituível. Vão enganar trouxa. Estão com medo do STF, arrumaram desculpa. Por isso que é 2026 é Bolsonaro”, opina.

Outra pauta presente no ato é o apoio ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que na semana passada impôs um tarifaço a vários países, incluindo o Brasil. Trump colocou o país no topo de sua guerra comercial, aumentando tarifas de importação de produtos brasileiros a 50%.

Questionado sobre os cartazes pró-Trump, o deputado André do Prado, presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (PL), afirmou que são manifestações esparsas, pois “a pauta é outra”.

“Vemos muito mais gente porque as pessoas vieram pelo Bolsonaro. Essa é a principal pauta do dia”, diz.

Um dos filhos do presidente, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), tentou entrar por vídeo no ato, mas o áudio falhou. Só foi possível ouvir que ele agradeceu aos apoiadores pela presença.

Esta é a primeira manifestação desde que Bolsonaro passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica, e ficou com restrições de locomoção, como viajar para fora do Brasil e sair à noite e aos finais de semana.

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