Quarta-feira, 26 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 26 de novembro de 2025
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quarta-feira (26), pela primeira vez depois que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso, que “o campo da direita vai se organizar” e tem até março para definir um candidato à Presidência da República.
Ele deu a declaração em um fórum com empresários, o UBS WM Latin America Summit, promovido pelo banco suíço Union Bank of Switzerland. No evento, o governador paulista falou em tom de candidato e afirmou que “vai dar tempo” de criar uma candidatura competitiva da direita, mesmo que o nome do postulante à sucessão de Lula (PT) saia em fevereiro ou março de 2026.
Esse campo da direita, que o pessoal às vezes diz, está desorganizado, esse campo vai apresentar um projeto para o Brasil. (…) E essa turma vai se organizar e apresentar esse projeto e esse projeto vai ser vencedor ano que vem. Não tenha dúvida, nós vamos livrar o Brasil do PT.
Ele ressaltou que esse projeto será “em cima do pilar da desburocratização, da desvinculação, um pilar liberal, um pilar conservador – que a sociedade brasileira é conservadora. Será um pilar que privilegia o trabalho, a emancipação”.
Cobrado por um prazo para o lançamento de um nome da direita, por se tratar de um país continental e dar mais previsibilidade ao mercado de como será a corrida presidencial de 2026, Tarcísio disse que isso pode acontecer até março.
Tarcísio não descartou ser o candidato, mas também não admitiu a candidatura. Segundo ele, é preciso “respeitar a liderança de Jair Bolsonaro” para que arestas dentro da própria direita possam ser aparadas antes do lançamento do candidato.
O governador afirmou que “o pessoal está ansioso”, mas que “isso já está sendo feito e as pessoas não percebem”. “Essas peças já estão sendo devidamente montadas e encaixadas. Tem um respeito pela liderança que o Bolsonaro construiu ao longo dos anos e ele precisa ser respeitado, pra poder contar com essa capital político”, afirmou.
“E essa liderança será importante para pacificar algumas arestas. E não tenho dúvida de que ele vai ter um papel importante. E esse arranjo é muito mais provável do que se imagina. Vai ser muito mais forte do que se imagina e vai ser um arranjo vitorioso. Então, não tenham ansiedade, porque vai ter a hora certa. Não existe isso de é dezembro. Não, não é. Pode ser janeiro, pode ser fevereiro ou março. Não tem problema e vai dar tempo. A gente precisa é do projeto vitorioso”, completou.
“Setor privado melhor que o estado”
No evento, o governador de São Paulo também defendeu as privatizações e concessões que tem feito à frente do Palácio dos Bandeirantes e afirmou que “o [setor} privado faz quase tudo melhor que o estado”.
“A gente começou a fazer as PPPs [Parcerias Público-Privadas] de escolas e temos um amplo espectro de concessão e parceria com o privado e acho que tem que passar para o privado aquilo que o privado pode gerir melhor que o estado: ou seja, quase tudo. O privado faz quase tudo melhor que o estado e o estado tem que ser regulador. O que a gente puder passar para o privado, nós vamos passar para o privado, que vai dar resultado”, afirmou.