Por Redação do Jornal O Sul | 10 de novembro de 2025
O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta segunda-feira (10) uma medida de financiamento destinada a encerrar a paralisação do governo federal, considerada a mais longa da história do país. O impasse vinha afetando milhares de servidores e interrompendo serviços públicos em todo o território norte-americano.
O acordo agora segue para a Câmara dos Representantes, onde os líderes republicanos esperam que seja votado ainda nesta quarta-feira (12). Caso receba aprovação, o texto permitirá a reabertura de agências e repartições federais, além de restabelecer programas considerados essenciais, como o auxílio alimentar nacional.
A proposta, que deve ser assinada pelo presidente Donald Trump, prevê também o pagamento retroativo dos salários de centenas de milhares de funcionários públicos que ficaram sem remuneração durante a paralisação. A expectativa é de que a medida traga alívio imediato às famílias afetadas e reduza a pressão econômica sobre os estados mais atingidos.
O consenso político foi alcançado após uma rodada intensa de negociações durante o fim de semana. Participaram do processo os senadores Jeanne Shaheen, Angus King e Maggie Hassan — todos ex-governadores —, o líder da maioria republicana no Senado, John Thune, e representantes da Casa Branca.
De acordo com fontes envolvidas nas tratativas, o apoio de democratas centristas foi determinante para destravar o diálogo com os republicanos e viabilizar a proposta de financiamento. A busca por um texto de consenso vinha se arrastando há semanas, em meio a divergências sobre cortes orçamentários e prioridades de investimento.
O novo acordo restabelece o funcionamento de serviços públicos considerados críticos, incluindo a administração de aeroportos, a fiscalização sanitária e o sistema de alimentação escolar. O bloqueio parcial do orçamento havia deixado milhões de norte-americanos sem acesso a programas básicos e paralisado operações de agências federais.
Com a aprovação no Senado, líderes partidários esperam encerrar a crise política e econômica que se arrastava desde o início do ano e que vinha provocando desgaste no governo. Analistas apontam que o desfecho pode representar um passo importante para reduzir tensões entre o Executivo e o Congresso, além de restabelecer a confiança de investidores e da população na estabilidade institucional do país.
A expectativa agora é pela rápida tramitação do texto na Câmara dos Representantes e pela assinatura presidencial, etapa final para encerrar oficialmente a paralisação federal e normalizar as atividades do governo dos Estados Unidos.
