Sábado, 24 de maio de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 23 de maio de 2025
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que foi vice-presidente da República no governo de Jair Bolsonaro (PL), prestará depoimento nesta sexta-feira (23) ao Supremo Tribunal Federal (STF) como testemunha do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional.
Mourão não foi citado no relatório da Procuradoria-Geral da República (PGR) que denunciou Bolsonaro e outros 33 investigados pelo suposto planejamento de um golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022.
Além de Heleno, Mourão também foi arrolado como testemunha pelas defesas de Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.
Ao longo da investigação, o senador comentou publicamente o caso em diversas ocasiões, chegando a classificá-lo como um “plano sem pé nem cabeça”. Em novembro de 2023, em entrevista ao podcast Bom Dia Mourão, afirmou não ver crime em “escrever bobagem”.
“Nós temos um grupo pequeno de militares, a maioria da reserva, que em tese montaram um plano sem pé nem cabeça. Não consigo nem imaginar isso como uma tentativa de golpe”, declarou.
“É crime escrever bobagem? Vou deixar para os juristas discutirem isso. Eu vejo crime quando se parte para a ação”, completou.
Asilo na Argentina
Mourão também se manifestou nas redes sociais sobre brasileiros condenados e investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, sugerindo que recebam refúgio político na Argentina.
Em mensagem publicada na plataforma X (antigo Twitter), o senador pediu que o presidente argentino, Javier Milei, e a Comissão Nacional para os Refugiados (Conare) ofereçam asilo aos brasileiros que fugiram para o país vizinho.
“A ida de condenados e investigados pelos atos de 8 de janeiro para a Argentina mostra tão somente que essas pessoas não mais confiam na Justiça brasileira, que lhes negou direitos básicos do devido processo legal, bem como impôs penas desproporcionais aos delitos supostamente praticados”, escreveu.
“A captura internacional, tão desejada pelo governo de turno, mostra claramente o viés autoritário e persecutório da esquerda no poder.”
CPI do 8 de janeiro
Em abril de 2023, em entrevista à CNN, Mourão afirmou não ver motivos para que Bolsonaro fosse convocado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava os ataques às sedes dos Três Poderes.
Segundo ele, a comissão deveria ser conduzida “sem oba-oba, clima de circo ou bate-boca”.
Audiências no STF
O depoimento de Mourão ao STF está agendado para as 14h desta sexta-feira. Durante a manhã, outras duas testemunhas foram ouvidas. À tarde, além do senador, estão previstas mais seis oitivas, incluindo a do atual comandante da Marinha, almirante Marcos Olsen, indicado pela defesa do ex-comandante Almir Garnier.
Dos 34 denunciados pela PGR, o STF já tornou réus 31. Duas denúncias foram rejeitadas: contra Cleverson Ney, coronel da reserva do Exército, e Nilton Diniz Rodrigues, general do Exército.
O jornalista Paulo Figueiredo, que reside nos Estados Unidos, foi notificado da denúncia por meio de edital e ainda não apresentou defesa. Segundo o STF, não há data definida para o julgamento de seu caso.
Por Redação do Jornal O Sul | 23 de maio de 2025
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que foi vice-presidente da República no governo de Jair Bolsonaro (PL), prestará depoimento nesta sexta-feira (23) ao Supremo Tribunal Federal (STF) como testemunha do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional.
Mourão não foi citado no relatório da Procuradoria-Geral da República (PGR) que denunciou Bolsonaro e outros 33 investigados pelo suposto planejamento de um golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022.
Além de Heleno, Mourão também foi arrolado como testemunha pelas defesas de Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.
Ao longo da investigação, o senador comentou publicamente o caso em diversas ocasiões, chegando a classificá-lo como um “plano sem pé nem cabeça”. Em novembro de 2023, em entrevista ao podcast Bom Dia Mourão, afirmou não ver crime em “escrever bobagem”.
“Nós temos um grupo pequeno de militares, a maioria da reserva, que em tese montaram um plano sem pé nem cabeça. Não consigo nem imaginar isso como uma tentativa de golpe”, declarou.
“É crime escrever bobagem? Vou deixar para os juristas discutirem isso. Eu vejo crime quando se parte para a ação”, completou.
Asilo na Argentina
Mourão também se manifestou nas redes sociais sobre brasileiros condenados e investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, sugerindo que recebam refúgio político na Argentina.
Em mensagem publicada na plataforma X (antigo Twitter), o senador pediu que o presidente argentino, Javier Milei, e a Comissão Nacional para os Refugiados (Conare) ofereçam asilo aos brasileiros que fugiram para o país vizinho.
“A ida de condenados e investigados pelos atos de 8 de janeiro para a Argentina mostra tão somente que essas pessoas não mais confiam na Justiça brasileira, que lhes negou direitos básicos do devido processo legal, bem como impôs penas desproporcionais aos delitos supostamente praticados”, escreveu.
“A captura internacional, tão desejada pelo governo de turno, mostra claramente o viés autoritário e persecutório da esquerda no poder.”
CPI do 8 de janeiro
Em abril de 2023, em entrevista à CNN, Mourão afirmou não ver motivos para que Bolsonaro fosse convocado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava os ataques às sedes dos Três Poderes.
Segundo ele, a comissão deveria ser conduzida “sem oba-oba, clima de circo ou bate-boca”.
Audiências no STF
O depoimento de Mourão ao STF está agendado para as 14h desta sexta-feira. Durante a manhã, outras duas testemunhas foram ouvidas. À tarde, além do senador, estão previstas mais seis oitivas, incluindo a do atual comandante da Marinha, almirante Marcos Olsen, indicado pela defesa do ex-comandante Almir Garnier.
Dos 34 denunciados pela PGR, o STF já tornou réus 31. Duas denúncias foram rejeitadas: contra Cleverson Ney, coronel da reserva do Exército, e Nilton Diniz Rodrigues, general do Exército.
O jornalista Paulo Figueiredo, que reside nos Estados Unidos, foi notificado da denúncia por meio de edital e ainda não apresentou defesa. Segundo o STF, não há data definida para o julgamento de seu caso.