Sexta-feira, 13 de junho de 2025

Simulação de incêndio na Câmara de Vereadores avalia resposta das forças de saúde e segurança de Porto Alegre

No plenário da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, um incêndio provocou caos, desabamento de parte da estrutura e 50 vítimas, sendo dois mortos. Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil, forças de segurança e de saúde precisam se mobilizar rapidamente para atender as vítimas, além de evacuar centenas de pessoas no prédio. Uma tragédia que, felizmente, não aconteceu.

Foi uma simulação para, justamente, testar e avaliar a resposta da cidade a um desastre real. Esse foi o cenário de um exercício realizado na manhã desta quinta-feira (12), na Capital.

Foi a quarta simulação de desastre organizada pelo SINDIHOSPA (Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre), desta vez em parceria com a Câmara de Vereadores.

A preparação envolveu mais de 100 pessoas ao longo do semestre, com a articulação das diversas instituições de saúde e de segurança da cidade. Foi simulado um incêndio de grandes proporções causado por um curto circuito na parte superior do plenário, causando queda de parte da estrutura, falta de energia, muita fumaça e pânico entre os presentes, exigindo a evacuação da Câmara.

Alunos da Faculdade Moinhos de Vento e da FACTUM representaram as dezenas de vítimas, sendo 50 feridos e dois óbitos. O trabalho envolveu a mobilização das equipes da Câmara, a atuação de três caminhões do Corpo de Bombeiros no combate ao fogo, e a presença de mais de 15 ambulâncias para levar as vítimas a diversos hospitais da capital.

A EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação ) e a Defesa Civil também participaram do evento, enquanto o Instituto Geral de Perícias lidou com as fatalidades. Além disso, representantes do Consulado dos Estados Unidos em Porto Alegre acompanharam as atividades. “A cidade é um organismo vivo.

Exercícios como esse são fundamentais para Porto Alegre e todos os órgãos estarem sempre preparados para incidentes de múltiplas vítimas e evitar a perda de muitas vidas”, afirma o presidente do SINDIHOSPA, Henri Siegert Chazan. “É a primeira vez que ocorre um exercício dessa magnitude na Câmara.

“Outros países fazem isso rotineiramente – e desde fevereiro temos nos reunido para que acontecesse hoje este simulado, que esperamos que fique como um legado para a cidade”, disse a presidente da Câmara Municipal, vereadora Comandante Nádia.

Resultados serão avaliados

O simulado desta quinta-feira mobilizou um grande número de instituições e forças de segurança. Os bombeiros foram deslocados para agir como se um incêndio estivesse ocorrendo.

Ambulâncias do SAMU e das empresas Ecco Salva, SOS Unimed e Transul levaram as “vítimas” para atendimento nos hospitais de Clínicas, Cristo Redentor, Divina, Ernesto Dornelles, Independência, Mãe de Deus, Moinhos de Vento, São Lucas da PUCRS e Santa Casa de Porto Alegre.

Os estudantes receberam maquiagem para representar ferimentos causados pelo fogo. A Brigada Militar e a Polícia Civil também foram acionados, enquanto a EPTC interrompeu o tráfego em um dos sentidos da avenida Loureiro da Silva e da rua Ibanor José Tartarotti para otimizar o deslocamento das viaturas. A iniciativa fez parte, ainda, da própria qualificação da segurança da Câmara de Vereadores.

Desde o início do ano, o Parlamento vem atuando para aprimorar sua proteção contra incêndio, com avaliação estrutural e reforço nos treinamentos das equipes. Ao longo de várias semanas, os funcionários foram instruídos sobre a evacuação do prédio realizada hoje, como procedimentos, rotas de fuga e ponto de encontro.

Os resultados do simulado serão compilados em relatórios, que trarão a avaliação do trabalho, como a performance da resposta das instituições, bem como melhorias necessárias para aprimorar o atendimento. Essas informações devem ser consolidadas nos próximos 30 dias.

– Nosso grande objetivo é melhorar a cultura de prevenção da cidade, entendendo como as forças estão capacitadas para atuar num sinistro dessa gravidade – e melhor atender a comunidade”, explicou o 1º tenente do Corpo de Bombeiros Militar do RS, Rafael Vieira Cabral. Histórico

Este foi o quarto simulado de desastre realizado pelo SINDIHOSPA em Porto Alegre. Em 2016, foi reproduzida uma colisão entre carro e ônibus na avenida Ipiranga, em frente à Federação Gaúcha de Futebol, com 34 vítimas.

Dois anos depois, testou-se a resposta ao desabamento do teto de um auditório lotado no Senac Saúde, na Zona Norte, com 64 feridos e um óbito. Já em 2023, a terceira edição ocorreu no Hospital Moinhos de Vento, simulando um incêndio no bloco 15 do Hospital Moinhos de Vento. O exercício teve 41 vítimas e contou inclusive com o deslocamento de pacientes em um helicóptero.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Colunistas

Projeto inédito garante apoio de detentos para o Centro de Bem Estar Animal em Santa Cruz do Sul
Uma reforma administrativa sólida começa com uma legislação clara
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play