Sábado, 06 de dezembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 6 de dezembro de 2025
Os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro são os que mais sofrem com o endividamento de ICMS de grandes empresas: as duas unidades da Federação concentram 65% do total do calote que soma R$1,17 trilhão, de acordo com o Atlas da Dívida Ativa dos Estados Brasileiros, da Fenafisco. Os números impactam nas contas públicas e impressionam. As 50 grandes empresas que devem mais de R$1 bilhão em ICMS, por exemplo, respondem por R$150 bilhões da dívida, isto é, 13% do total.
Triste liderança
O setor de telecomunicações também está mal na foto, com Vivo, Claro, Tim e Oi somando dívida bilionária junto aos dois Estados.
Devedores crônicos
Já indústrias de papel, tabaco e agronegócio completam o time dos inadimplentes crônicos, concentrados em São Paulo e Rio.
Devo, não nego…
Apesar do volume astronômico da dívida, correspondendo a 11,66% do PIB brasileiro, a recuperação anual mal chega a 1% do montante.
Paradoxo brasileiro
Dados oficiais apontam que 28 empresas devedoras de R$ 20,3 bilhões em ICMS receberam em 2024R$ 289 milhões em benefícios fiscais.
‘Casa das Vaidades’, STF incomoda até petistas
Aliados de Jorge Messias, ministro da Advocacia-Geral da União, já chamam jocosamente o Supremo Tribunal Federal de “Casa das Vaidades” e apostam na filáucia como justificativa para canetada de Gilmar Mendes que blindou colegas e acabou dificultando as chances no Senado do indicado de Lula ao STF. O primeiro ministro a elogiar a escolha de Messias foi André Mendonça, fora da corrente de Mendes no Supremo e imperdoavelmente indicado por Jair Bolsonaro.
Cabo eleitoral
Messias se dá muito bem com Mendonça. Inclusive, o ministro é o mais ativo ao telefone ligando para senadores com elogiosos comentários.
Carne e unha
Mendes é colado em Flávio Dino, em clara sintonia nos votos. Dino assumiu em 2023, enfrentando a rivalidade de Messias.
Dino tem memória
Dino ainda optou pela discrição e nada de sinalizar apoio ao ex-colega de governo. Disse até ser um assunto “politicamente controvertido”.
‘Meter bala’
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) vê intenção de queima de arquivo em ameaça de morte contra testemunha que acusou Lulinha, filho do presidente, de embolsar mensalão de R$300 mil do “Careca do INSS”.
Sem reação
Para o senador Rogério Marinho (PL-RN), o Brasil não pode aceitar que STF atue sem freios e imponha a própria vontade. E conclama: “É hora de reagir e restaurar o equilíbrio entre os poderes!”.
PT pró-bancos
“A palavra hoje é blindagem”, disse Eduardo Girão (Novo-CE), após o governo Lula impedir a convocação de suspeitos à CPMI, incluindo o Lulinha e outros. “Vivi para ver o PT blindar bancos”, espantou-se.
Mas, até agora, nada
O senador Carlos Portinho (PL-RJ) reagiu ao parecer do AGU Jorge Messias contra a decisão de Gilmar Medes de dificultar o impeachment de ministros do STF. “O Senado precisa dizer basta”, defende.
Ciro na oposição
O senador Cid Gomes (PSB-CE) rompeu mesmo com Lula, PT e cia. Em entrevista, disse que o petista “não deveria ter disputado o terceiro mandato, muito menos concorrer ao quarto mandato”.
Senado mineiro
Deve dar em nada, mas o Psol tem pré-candidata ao Senado por Minas Gerais: é Áurea Carolina. Foi deputado federal até 2023. Teve um colapso emocional e decidiu não tentar a renovar o mandato.
Tá tranquilo
A depender dos números do Real Time Big Data, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), só precisa jogar parado para se reeleger. O instituto apurou que o governo tem 75% de aprovação.
Pix em alta
Fechando as contas da Black Friday, pagamentos em dinheiro recuaram 12%. Foi na contramão de pagamentos digitais. Cartões de crédito subiram 27%, enquanto pix disparou e subiu 56%.
Pergunta na cintura
Remédio para emagrecer vira propina?
Poder sem Pudor
Sabor de vingança
Certa vez, no escurinho da última fila do plenário, o deputado Pedro Henry (PP-MT) se lamentava com Virgílio Guimarães (PT-MG), que a Câmara queria eleger presidente, mas Lula quis impor o posudo Luiz Eduardo Greenhakgh (PT-SP) e ambos acabaram derrotados por Severino Cavalcante (PP-PE). “Estou assustado. As pessoas estão irritadas com a gente, agressivas…”, disse Henry. A reação de Virgílio o deixou ainda mais preocupado: “Pois eu, qualquer dia, vou ser carregado nos braços. Estou gostando do clima das ruas…”
Cláudio Humberto
@diariodopoder