Terça-feira, 30 de dezembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 29 de dezembro de 2025
Na quinta-feira da próxima semana, quando completam três anos que cerca de 4 mil manifestantes invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai promover o evento “8 de Janeiro – um dia para não esquecer”.
Como disse o ministro Edson Fachin, no evento do ano passado, quando a intentona bolsonarista fez dois anos, “precisamos lembrar sempre do que aconteceu para que as novas gerações não se esqueçam das dores de uma ditadura e dos males que o autoritarismo traz”.
A programação do ato da próxima semana, 8 de janeiro de 2026, abre às 14h30 com a exposição “8 de janeiro: mãos da reconstrução”, seguida da exibição do novo documentário “Democracia Inabalada: mãos da reconstrução”. O evento termina com uma mesa-redonda com o tema “Um dia para não esquecer”.
Já no Rio, nesse mesmo dia, na sede da ABI, a partir das 18h, haverá o lançamento de “8 de Janeiro: golpe derrotado, democracia preservada”. O livro é organizado pelas juristas Carol Proner e Gisele Cittadino e reúne artigos de outros juristas e professores sobre os ataques à democracia ocorridos naquele fatídico 8 de janeiro de 2023, uma semana após a posse de Lula.
Atos
No dia 8 de janeiro de 2023, manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes (Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal), em um evento que muitos consideram uma tentativa de golpe de Estado, com o objetivo de contestar o resultado das eleições de 2022 e pedir intervenção militar. Esses atos resultaram em vandalismo de patrimônio público e histórico, mas as instituições democráticas resistiram e as investigações para punir os responsáveis estão em andamento.
Principais acontecimentos
* Invasão: milhares de pessoas, majoritariamente apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, avançaram sobre os prédios dos Três Poderes, vandalizando obras de arte, móveis e estruturas.
* Motivação: os atos foram motivados pela não aceitação da derrota eleitoral de Bolsonaro e pelo desejo de um golpe militar, com base em teorias da conspiração e desinformação.
* Resistência: apesar da violência, as instituições funcionaram e se uniram para retomar o controle e restaurar a ordem, reafirmando o compromisso com a democracia.
Como consequência, houve centenas de prisões, investigações criminais e financeiras sobre os participantes e financiadores, além de debates sobre a necessidade de fortalecer a democracia e prevenir novos ataques. (Com informações do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo)