Terça-feira, 28 de outubro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 11 de setembro de 2025
O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por organização criminosa. O placar de 3 a 1 foi alcançado com o voto da ministra Cármen Lúcia, nesta quinta-feira (11).
Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar, está sendo julgado junto a outros sete réus, apontados como os principais integrantes da suposta organização que tentou aplicar o golpe. A sentença deve sair até esta sexta-feira (12).
Reuters
A agência de notícias Reuters afirmou que Bolsonaro está sendo julgado por planejar um golpe para permanecer no poder após perder a eleição de 2022.
“A decisão presumida pela maioria de um painel de cinco ministros do Supremo Tribunal Federal faz de Bolsonaro o primeiro ex-presidente na história do país a ser condenado por atentado à democracia”, diz a reportagem.
The Guardian
O The Guardian afirmou que o placar alcançado no STF deve fazer com que Bolsonaro enfrente uma sentença de décadas por “liderar a conspiração criminosa” para um golpe.
“Ao dar seu voto decisivo, Rocha [Cármen Lúcia] denunciou o que chamou de tentativa de “semear a semente maligna da antidemocracia” no Brasil, mas comemorou como as instituições do país sobreviveram e estão reagindo”, afirma o texto.
O jornal britânico também destacou o voto divergente do ministro Luiz Fux, que defendeu a absolvição de Bolsonaro ao alegar não haver provas de que o ex-presidente tivesse participado de um complô para um golpe.
The Washigton Post
O Washigton Post relembrou que ainda falta o voto do ministro Cristiano Zanin para que o julgamento de Bolsonaro seja concluído no STF.
A reportagem diz ainda que Bolsonaro deve enfrentar uma longa pena de prisão, mas que os advogados do ex-presidente já indicaram que devem recorrer da decisão.
“Seus advogados disseram que apelarão do veredito ao pleno da Suprema Corte, composto por 11 juízes. Bolsonaro, que negou qualquer irregularidade, não compareceu ao tribunal e enviou apenas seus advogados”, diz o texto.