Por Redação do Jornal O Sul | 25 de dezembro de 2025
Entre esta sexta-feira (26) e o dia 11 de janeiro, o Estado de São Paulo será comandado interinamente pelo vice-governador Felício Ramuth (PSD). Ele assumirá o Palácio dos Bandeirantes durante o período de férias do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que se ausentará do cargo para descanso com a família.
De acordo com pessoas próximas ao governador, o destino da viagem será os Estados Unidos. A comunicação oficial do afastamento foi feita na última segunda-feira (22) ao presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), deputado André do Prado (PL), responsável por publicar o ato no Diário Oficial do Estado, conforme prevê a legislação.
Tarcísio de Freitas reassumirá o governo no dia 12 de janeiro, quando dará início ao quarto e último ano de seu atual mandato. Embora tenha declarado anteriormente a intenção de disputar a reeleição em São Paulo, o nome do governador segue sendo mencionado em articulações nacionais como possível candidato à Presidência da República. Essa hipótese, no entanto, perdeu força após o anúncio de pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), aliado político do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Substituto
Felício Ramuth é filiado ao PSD e chegou ao cargo de vice-governador por indicação do presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab. Formado em administração de empresas, Ramuth construiu sua carreira política em São José dos Campos, onde foi prefeito por dois mandatos consecutivos. Na eleição municipal de 2020, venceu ainda no primeiro turno, com 58% dos votos válidos. Antes de se filiar ao PSD, manteve vínculo de 28 anos com o PSDB.
No início da gestão Tarcísio, Ramuth assumiu a coordenação das ações do governo estadual na região da Cracolândia, no centro da capital paulista, área considerada uma das principais prioridades da administração, tanto do ponto de vista social quanto da segurança pública.
Com uma relação próxima ao governador, Ramuth trabalha para manter espaço político no próximo ciclo eleitoral. Uma das possibilidades é a recondução à vice-governadoria em uma eventual candidatura de Tarcísio à reeleição em 2026. Paralelamente, ele também é citado como potencial candidato a um cargo majoritário no estado, caso o governador opte por disputar a Presidência da República.
No cenário de manutenção da chapa atual, um dos principais entraves seria a intenção do presidente da Alesp, André do Prado, de ocupar a vaga de vice em uma eventual candidatura de Tarcísio. Já na hipótese de Ramuth disputar outro cargo majoritário em São Paulo, ele enfrentaria concorrência de nomes como o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), além do próprio André do Prado e do dirigente partidário Gilberto Kassab. (Com informações do jornal O Globo)
