Sábado, 12 de julho de 2025

Tarifa de 50%, ameaças, defesa de Bolsonaro e mais: o que Trump falou sobre o Brasil nos últimos dias

A relação conflituosa entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o Brasil ganhou na quarta-feira (9) mais um capítulo. Desta vez, em meio ao seu “tarifaço”, o americano enviou uma carta ao presidente Lula anunciando não só uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, mas citando mais uma vez uma suposta “caça às bruxas” ao falar sobre o que ele considera uma perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Pouco antes de mandar a carta, ele já tinha falado que novas tarifas comerciais seriam impostas a alguns países e que o Brasil estaria entre eles, afirmando:

“O Brasil não tem sido bom conosco.”

Horas depois, ele cumpriu a promessa e mandou a carta a Lula, justificando a elevação da taxa sobre produtos brasileiros, valendo a partir de 1º de agosto, dizendo que o julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) é uma “vergonha internacional”.

A declaração se somou a outras dos últimos dias, reforçando a impressão de que o Brasil passou a ocupar lugar de destaque no radar — e nas críticas — do presidente americano.

Veja dia a dia as últimas declarações de Trump sobre o nosso país.

* Segunda (7)

Na rede social Truth Social, Donald Trump saiu em defesa de Jair Bolsonaro e afirmou que “o único julgamento que deveria estar ocorrendo neste momento é o julgamento (de Bolsonaro) pelos eleitores do Brasil – o que chamamos de eleições”.

“Ele não tem culpa de nada, exceto de ter lutado pelo POVO. Conheci Jair Bolsonaro e ele era um líder forte, que realmente amava seu país — além de um negociador muito duro em questões COMERCIAIS”, escreveu ainda Trump na segunda-feira passada, dizendo ainda que iria acompanhar de perto a “caça às bruxas contra Bolsonaro, sua família e milhares de seus apoiadores”

Bolsonaro foi declarado inelegível em 2023 por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e responde no STF por envolvimento em uma suposta trama golpista. Ele afirmou que recebeu “com muita alegria” a nota de Trump, a quem chamou de amigo: “Este processo ao qual respondo é uma aberração jurídica (Lawfare), clara perseguição política, já percebida por todos de bom senso”.

Em resposta, o presidente Lula afirmou que o Brasil é “um país soberano”. “Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Possuímos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei. Sobretudo, os que atentam contra a liberdade e o estado de direito”, declarou, em nota.

* Terça (8)

Pelo segundo dia seguido, o presidente americano publicou uma mensagem sobre Bolsonaro. “Deixem o grande ex-presidente do Brasil em paz. CAÇA ÀS BRUXAS!!!”, publicou o republicano na sua rede social.

Em uma entrevista, Trump voltou a falar do Brasil, e afirmou que “quem fizer parte dos Brics vai ser taxado em 10%”. Segundo ele, o grupo de nações emergentes (formado por Brasil, Rússia, China, Índia, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Egito, Arábia Saudita, Etiópia, Indonésia e Irã) estaria tentando enfraquecer os Estados Unidos e substituir o dólar como moeda padrão global.

Também na terça, a Advocacia-Geral da União (AGU) afirmou que acompanha o processo movido contra Moraes nos EUA e que prepara documentos para fazer a defesa do magistrado, caso seja solicitado.

* Quarta (9)

Na quarta, Trump afirmou que novas tarifas comerciais seriam impostas a alguns países e citou o Brasil entre os que seriam notificados. O americano ainda disse que “o Brasil, por exemplo, não tem sido bom conosco, nada bom”.

Ele definiu tarifas mínimas sobre produtos importados, que variam entre 25% e 40%, com validade a partir de 1º de agosto.

Mais tarde na quarta, Trump mandou a carta para o presidente Lula e justificou a decisão “em parte pelos ataques insidiosos do Brasil contra as eleições livres e os direitos fundamentais de liberdade de expressão dos americanos”. (Com informações do jornal Extra)

 

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