Quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Tarifaço: a expectativa de Eduardo Bolsonaro e seu entorno sobre a reunião entre Estados Unidos e Brasil

Não é só o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, que está em Washington para se reunir com o chefe do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, nesta quinta-feira (16), sobre o tarifaço imposto ao Brasil. O deputado federal Eduardo Bolsonaro também desembarcou na capital americana para se reunir com autoridades no Departamento de Estado. A agenda ocorreu nessa quarta (15), um dia antes do encontro de Vieira.

Aliados do deputado que o acompanham nos EUA acreditam que o governo americano não mudará de ideia sobre as exigências impostas ao Brasil para reverter o tarifaço, como uma anistia que beneficie o ex-presidente Jair Bolsonaro. Eles ainda reforçam que a negociação entre o chanceler Mauro Vieira e os EUA está em “excelentes mãos”, já que Rubio é quem representa os americanos.

A designação de Rubio como secretário de Estado por Trump, por ter um perfil mais ideológico e radical, foi celebrada pelos bolsonaristas.

Já o governo brasileiro está cauteloso, mas otimista de que uma porta se abriu para tratar do tema. Para ministros de Lula, o fato de Trump ter ignorado Bolsonaro na conversa que ambos tiveram por telefone, na semana passada, foi um indicativo positivo de que temas ligados ao ex-presidente podem ficar de fora das negociações.

O presidente Lula comemorou o entendimento que teve com Trump na ligação e chegou a brincar, dizendo que “pintou uma indústria petroquímica” entre eles – uma forma de maximizar a “química” citada pelo próprio Trump.

Uma fala de Jamieson Greer, representante dos EUA para o comércio, nessa quarta, animou o grupo de Eduardo Bolsonaro. Ele afirmou que o tarifaço imposto ao Brasil se deve a preocupações com o Estado de Direito, decisões do Judiciário e ataques aos direitos humanos. Greer fez menções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, sem citá-lo diretamente, ao dizer que “um juiz brasileiro assumiu para si a autoridade de ordenar que empresas americanas se censurem, emitindo ordens secretas para controlar o fluxo de informações”.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, completou a fala do colega, afirmando que há preocupações com o tratamento dado a opositores políticos no Brasil e com a detenção ilegal de cidadãos americanos que estavam no país. (Com informações da colunista Bela Megale, do jornal O Globo)

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