Sexta-feira, 25 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 24 de julho de 2025
O presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa defendeu ontem uma ação proativa dos agentes políticos na busca de uma saída para o tarifaço de 50% anunciado pelo presidente Donald Trump para os produtos brasileiros. Sousa Costa propõe uma agenda “de convergência e de consenso que viabilize a relação de parceria histórica com os Estados Unidos, sem provocações, sem agressões, sem rompimentos”. Ele falou na tradicional reunião-almoço Tá na Mesa, da FEDERASUL, que reuniu cinco deputados federais do Rio Grande do Sul: Alexandre Lindenmeyer (PT), Luciano Zucco (PL), Marcel Van Hatten (Novo), Maurício Marcon (PODEMOS) e Ronaldo Nogueira (Republicanos).
Pauta Eleitoral pode prejudicar consenso
Sousa Costa destacou que neste momento de busca de consenso, “nós não podemos deixar que a pauta eleitoral de 2026 se sobreponha ao risco iminente da ruína e aos prejuízos da classe produtiva que nós representamos”. Ele advertiu:
– O caos vira para todos: o caos social, o caos econômico, o prejuízo, a responsabilização virá para o Governo Federal, virá para a situação, para a oposição, para os trabalhadores e para os empreendedores, e não pode interessar a ninguém”.
Zucco diz que Brasil precisa dialogar para reduzir tarifas
O líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PT) admitiu que está dialogando muito neste papel de pré-candidato ao governo do Estado, e lembrou que a recente aprovação pelo Congresso, do Projeto que sustou os efeitos do Decreto de aumento do IOF, foi resultado de muito diálogo.
– O Lula colocou a sua ideologia acima do Brasil. E perguntou: onde está o embaixador do Brasil, e o Celso Amorim. Essa questão da diplomacia, do diálogo, é determinante na questão das tarifas dos EUA. Sou totalmente contra qualquer tipo de taxação. Mas lembro: foram vinte países taxados no mesmo dia do Brasil,e depois foram mais dez. E qual foi a ação dos vinte países, dos outros dez? O diálogo o equilíbrio”, afirmou Zucco.
Marcon pede socorro: “hoje, o Congresso não vale nada”
O deputado federal Mauricio Marcon (Podemos) lamentou que no recente episódio da derrubada do decreto do IOF pelo Congresso, o legislativo acabou derrotado pela decisão monocrática deu um ministro do STF. Marcon disse que “estou aqui pedindo socorro, porque estamos encurralados, e hoje nós, deputados não valemos mais nada”. Ele lamentou a postura do governo Lula eu, com uma sequência de fatos e demonstrações de hostilidade, levou ao tarifaço de Donald Trump.
Marcel van Hatten vê reação de Trump a um ataque à soberania dos EUA
Marcel van Hatten, do NOVO disse ontem na FEDERASUL que vê a decisão do tarifaço do presidente Donald Trump como a reação contra um país hostil:
– O caso de agressão à soberania internacional que nós vimos ser respondido por Donald Trump é o caso do Brasil, um governo que prefere estar ao lado do Irã, do Hammas, do Maduro, dos BRICS, chantageando, ameaçando nações democráticas, e de um ministro do STF que acha que pode tudo não apenas no Brasil, mas também fora dele”, afirmou van Hatten.
Ronaldo Nogueira: “Quem vai pagar a conta da postura do governo no tarifaço é o Brasil”
O ex-ministro do Trabalho, deputado federal Ronaldo Nogueira (Republicanos) defendeu o diálogo na questão do tarifaço do governo dos EUA, e alertou ontem que “quem vai pagar a conta disso tido é o Brasil” e conclamou os brasileiros “a expressarem que não estamos satisfeitos, e que não está certo esse posicionamento do governo, porque quem vai pagar a conta é o Brasil, ” referindo-se à postura ideológica do presidente Lula, de não dialogar para redução da tarifa.
Ronaldo Nogueira criticou o Governo Lula, ao afirmar que “hoje, a cada parecer, a cada posicionamento, ou direção que o pais toma em direção aos assuntos internacionais, é um desastre. O Brasil não pode perder. Porque se continuar esse debate doentio, motivado por aspectos ideológicos, quem vai pagar a conta é o pai de família que tem seu emprego”.
Alexandre Lindenmeyer vê tarifaço como estratégia politica do governo Trump
O deputado federal Alexandre Lindenmeyer (PT), defendeu ontem no debate da FEDERASUL, a agenda do presidente Lula, destacando números que indicam o crescimento do país,em diversos setores da economia. Lindenmeyer atribui o tarifaço do presidente Donald Trump a uma sequência que já havia alcançado outros países dentro do slogan da “América para os Americanos” que coloca os Estados Unidos como prioridade.
Sindinapi defende que “ verdade precisa ser dita”.
Esta coluna recebeu do Sindinapi, Sindicato Nacional dos Aposentados, pensionistas e Idosos, uma nota de esclarecimento sobre a abordagem aqui feita, da pauta das fraudes que lesaram milhares de aposentados e pensionistas do INSS:
“O Sindicato Nacional dos Aposentados, pensionistas e Idosos tem sido alvo de acusações mentirosas veiculadas na imprensa e nas redes sociais.
O esquema de entidades que faziam descontos não autorizados de mensalidades associativas diretamente da folha de benefícios do INSS nada tem a ver com o nosso sindicato. As entidades que tiveram seus bens bloqueados e dirigentes investigados pela Polícia Federal foram criadas, principalmente, entre 2019 e 2022.
Já o Sindnapi tem história. Existe há 25 anos e oferece inúmeros benefícios aos associados como assistência jurídica, saúde digital, auxílio funeral, convênios, cursos, atividades de lazer e orientação previdenciária.
Em 2017, de forma pioneira, apontou irregularidades praticadas por associações suspeitas. O problema foi ignorado por anos até que o atual governo colocou a Polícia Federal em campo.
O Sindnapi colabora e apoia as investigações porque nada tem a esconder.
Os ataques injustos são de caráter político e atingem a imagem de um homem honrado como José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Lula. O uso político do caso confunde a população com falsas acusações. Por isso, a verdade precisa ser dita”.
Flávio Pereira
@flaviorrpereira