Por Redação do Jornal O Sul | 30 de maio de 2025
A cantora Taylor Swift anunciou que comprou os direitos autorais de toda a sua obra. “Quase parei de acreditar que isso poderia acontecer”, escreveu a artista em uma carta divulgada nessa sexta-feira (30) em seu site oficial.
Em 2019, ela havia perdido os direitos de seus seis primeiros álbuns (“Taylor Swift”, “Fearless”, “Speak Now”, “Red”, “1989”), quando sua antiga gravadora, a Big Machine Records de Scott Borchetta, foi vendida ao executivo da indústria fonográfica Scooter Braun.
Taylor e Braun possuíam atritos antigos, que culminaram na impossibilidade da artista em comprar suas gravações, além de ter de abrir mão dos lucros produzidos por elas após a venda da Big Machine.
Para driblar a falta dos direitos, a cantora iniciou um projeto de regravações em 2021. Intitulado como “Taylor’s Version”, os discos “Fearless (Taylor’s Version)”, seguido por “Red (Taylor’s Version)”, “Speak Now (Taylor’s Version)” e “1989 (Taylor’s Version)”, foram relançados com faixas inéditas e nova produção.
Na carta divulgada nessa sexta, Taylor revelou que a regravação de “Taylor Swift”, seu álbum de estreia lançado em 2006, está pronta.
Em relação a “Reputation”, de 2017, a artista afirmou que ainda não “regravou um quarto” das músicas. “É o unico álbum desses seis que eu achei que não poderia ser melhorado (nem mexido). Nem as músicas, nem as fotos, nem os vídeos. Então eu continuei adiando. Vai chegar um momento (se você gostar da ideia) para que as faixas inéditas do cofre desse álbum ganhem vida”, escreveu.
Nas redes sociais, Taylor publicou fotos em que aparece comemorando a recompra dos direitos, que incluem não apenas as músicas, mas também, videoclipes, fotografias e filmes de shows.
Ela também aproveitou o momento para agradecer os fãs. “O apoio apaixonado que vocês demonstraram a esses álbuns e ao sucesso da turnê “The Eras Tour” foi o que me permitiu comprar minha música de volta. Não posso agradecer o suficiente por me ajudarem a me reunir com essa arte à qual dediquei minha vida, mas que nunca foi minha até agora”.
— Leia trechos da carta:
“Estou tentando organizar meus pensamentos de forma coerente, mas agora minha mente é apenas uma sequência de imagens. Uma sequência de flashbacks de todas as vezes em que sonhei acordada, desejei e esperei ansiosamente por uma chance de contar essa notícia para vocês. Todas as vezes em que estive taaaaaaão perto, quase conseguindo, apenas para ver tudo desmoronar.
Quase parei de acreditar que isso poderia acontecer, depois de 20 anos tendo a “cenoura” balançada na minha frente e depois puxada de volta. Mas tudo isso ficou no passado agora. Tenho chorado de alegria em momentos aleatórios desde que descobri que isso está realmente acontecendo. Eu realmente posso dizer essas palavras:
Toda a música que eu já fiz… agora pertence…a mim. E todos os meus videoclipes. Todos os filmes de show. As capas de álbuns e fotografias. As músicas não lançadas. As memórias. A magia. A loucura.
Cada era. Toda a obra da minha vida.
Dizer que este é o maior sonho da minha vida se tornando realidade é, na verdade, ser até bem contida sobre isso. Para os meus fãs, vocês sabem o quanto isso foi importante para mim — tanto que eu regravei meticulosamente e lancei novamente meus álbuns, chamando-os de “Taylor’s Version”. O apoio apaixonado que vocês demonstraram a esses álbuns e ao sucesso da turnê “The Eras Tour” foi o que me permitiu comprar minha música de volta. Não posso agradecer o suficiente por me ajudarem a me reunir com essa arte à qual dediquei minha vida, mas que nunca foi minha até agora.
Tudo o que eu sempre quis foi a oportunidade de trabalhar duro o suficiente para um dia poder comprar minha música totalmente, sem amarras, sem parcerias, com total autonomia. Serei eternamente grata a todos da Shamrock Capital por terem sido os primeiros a me oferecer isso. A forma como eles trataram cada interação foi honesta, justa e respeitosa. Foi um acordo de negócios com eles, mas realmente senti que eles enxergaram o que isso significava para mim: minhas memórias, meu suor, minha caligrafia e minhas décadas de sonhos. Sou infinitamente grata. Minha primeira tatuagem pode até ser um grande trevo no meio da testa.
Eu sei, eu sei. E o “Reputation (Taylor’s Version)”? Total transparência: eu nem regravei um quarto dele ainda. O álbum “Reputation” foi tão específico para aquele momento da minha vida, e eu continuava batendo num ponto de bloqueio ao tentar refazê-lo. Toda aquela rebeldia, aquele desejo de ser compreendida enquanto me sentia propositalmente incompreendida, aquela esperança desesperada, aquela fúria envergonhada e travessa.
Para ser bem honesta, é o único álbum desses seis que eu achei que não poderia ser melhorado (nem mexido). Nem as músicas, nem as fotos, nem os vídeos. Então eu continuei adiando. Vai chegar um momento (se você gostar da ideia) para que as faixas inéditas do cofre desse álbum ganhem vida. Já regravei completamente meu álbum de estreia, e estou animada com o som que ele tem agora. Esses dois álbuns ainda podem ter seus momentos de renascimento quando chegar a hora certa, se isso for algo que vocês gostariam de ver. Mas, se acontecer, não será a partir de um lugar de tristeza e saudade do que eu gostaria de ter feito. Será apenas uma celebração agora.
