Terça-feira, 02 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 2 de setembro de 2025
O delator e réu da trama golpista, tenente-coronel Mauro Cid, pediu para deixar o Exército. A informação foi dada pela sua defesa durante o primeiro dia de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
A defesa de Cid foi a primeira a se pronunciar, já que ele é o delator do caso. Depois, deverão falar as defesas de outros sete réus, entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com o advogado Jair Alves Ferreira, a baixa do Exército foi requerida porque Cid “não tem mais condições psicológicas de continuar como militar”.
Mauro Cid tem dito a interlocutores que considerou a delação premiada um “processo traumático” já que acabou delatados fatos que envolviam não só Jair Bolsonaro, mas também generais de alta patente, com Braga Netto, que está preso por tentar atrapalhar as investigações e obter a colaboração, e antigos colegas.
A defesa de Mauro Cid apontou ao Supremo durante as chamadas alegações finais — última manifestação antes do julgamento — que a colaboração teve um alto custo para o militar, provocando isolamento e tratamento de traidor.
Os advogados, no entanto, apontam que a delação foi decisiva para a revelação de temas centrais da trama golpista.
O pedido de ida para a reserva foi feito há cerca de um mês e ainda não teve decisão.