Segunda-feira, 09 de junho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 8 de junho de 2025
Testes laboratoriais realizados em amostras relativas a duas suspeitas de gripe aviária deram negativo. Conforme o Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), o material havia sido coletado em propriedades rurais nos municípios gaúchos de Capela de Santana (Vale do Caí) e Westfália (Vale do Taquari).
“No momento da notificação das suspeitas, o governo do Estado reiterou seu compromisso com o monitoramento rigoroso e o controle de todas as ocorrências relacionadas à doença”, ressalta o órgão.
Com o saneamento do foco identificado no início de maio na cidade de Montenegro (também no Vale do Caí), o governo do Estado anunciou no dia 30 uma série de mudanças nas medidas de enfrentamento à doença. O destaque foi a substituição das quatro barreiras sanitárias fixas por estruturas móveis.
A mudança ocorreu devido à atual estabilidade no controle do vírus e à ausência de novos casos na região. Outra alteração está relacionada à rotina de vistorias nas propriedades rurais. Já as inspeções diretamente nas propriedades rurais da zona de abrangência do foco prosseguem até o encerramento do chamado “vazio sanitário”. De acordo com os protocolos oficiais, a data-limite é 18 de junho.
Equipes da DDA/Seapi vinham realizando visitas às propriedades em um raio de três quilômetros a partir do local onde o foco foi identificado a cada três dias. Já nas propriedades situadas em um raio de 10 quilômetros, a vistoria estava ocorrendo a cada sete dias. Neste mês, são quatro datas até o dia 17, com vistorias completas e atividades de vigilância sanitária em toda a zona de abrangência.
“Essa mudança na estratégia é considerada mais adequada para o atual contexto sanitário e demográfico da região, marcada pela ausência de produções comerciais e pela predominância de pequenas criações familiares”, explicou na ocasião a diretora do DDA/Seapi, Rosane Collares.
Ela acrescentou que as modificações têm por finalidades otimizar os recursos humanos e materiais, sendo a substituição das barreiras fixas por barreiras volantes e temporárias mais adequada à atual necessidade: “As operações serão realizadas de forma aleatória, com variação de horários e locais, e serão focadas na fiscalização de cargas alvo. A mudança visa maximizar o fator surpresa e melhorar a mobilização das equipes de fiscalização”.
No contexto do “vazio sanitário”, que se encerrará em 18 de junho, e da cessação da principal ameaça de influenza aviária, o objetivo passa a ser a mitigação de riscos e o monitoramento das áreas de controle. A ideia é garantir que a sanidade dos plantéis avícolas seja preservada.
Sobre a gripe aviária
Também conhecida como “influenza aviária”, a gripe aviária é uma doença viral que afeta sobretudo aves, mas também pode infectar mamíferos, inclusive o ser humano. A transmissão se dá pelo contato com aves doentes e por meio da água e de materiais contaminados.
O Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul reforça que o consumo de carne de aves e ovos armazenados em casa ou adquiridos em pontos de venda é seguro, já que a doença não é transmitida por meio do consumo. Assim, não há qualquer restrição nesse sentido.
Todas as suspeitas da doença – sintomas respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves – devem ser notificadas imediatamente à Seapi, por meio da Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária, pelo sistema e-Sisbravet. Também é possível enviar o alerta por meio do aplicativos de mensagens whatsapp (51) 98445-2033.
(Marcello Campos)