Quarta-feira, 16 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 15 de julho de 2025
Thaeme, de 39 anos de idade, e Thiago foram os convidados mais recentes do Vaca Cast, podcast comandado pela youtuber Evelyn Regly, que foi ao ar nessa terça-feira (15) e, durante o bate-papo, além de relembrar momentos marcantes da carreira da dupla, Thaeme falou abertamente sobre um tema delicado: as seis perdas gestacionais que viveu ao longo dos últimos anos.
“2018 foi a primeira perda. Eu tive seis. Só quem passa sabe, né?”, desabafou Thaeme, emocionada. A cantora revelou que, depois da primeira gestação interrompida, ouviu de profissionais da saúde que era ‘normal’ e que exames mais aprofundados só seriam recomendados após três perdas. Thaeme, no entanto, reforça que esse tipo de espera pode ser dolorosa e desnecessária.
“O que eu sempre falo para as mães — até recentemente participei de um simpósio para falar sobre isso — é: não pode ficar esperando. A gente vai ao médico e ouve: ‘Ah, é muito comum. Tem que pesquisar depois da terceira perda’. O quê? Você vai esperar três perdas?”, questionou.
Durante as investigações, Thaeme descobriu que ela e o marido, o empresário Fábio Elias (Dalua), têm uma espécie de incompatibilidade genética, além de uma possível questão imunológica. Segundo ela, seu organismo reagia contra o embrião desde as primeiras semanas, como se tentasse expulsá-lo. Por isso, muitas gestações sequer chegaram a ser detectadas, se não fosse por testes precoces.
“As outras perdas foram bem no início, como se fosse um atraso menstrual. Se eu não tivesse feito o teste, talvez nem soubesse que estava grávida.”
Apesar dos desafios, Thaeme é mãe de duas meninas, Liz e Ivy, e relembrou com emoção a sua primeira gestação bem-sucedida, da filha mais velha, que veio de forma natural — sem fertilização assistida. “A primeira foi um milagre de Deus mesmo. Depois de tudo que passei, percebi o quanto ela foi um presente divino.”
A cantora aproveitou o espaço para alertar outras mulheres sobre a importância de buscar informação desde cedo. “Desde a primeira perda é preciso investigar. Às vezes é algo genético, imunológico, uma trombofilia… É possível evitar a segunda perda, sim.”
Thaeme, que sempre falou abertamente sobre maternidade em suas redes sociais, reforça que conversar sobre o tema ajuda a acolher outras mulheres que vivem situações semelhantes — e que muitas vezes enfrentam tudo isso em silêncio.