Sexta-feira, 11 de outubro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 26 de março de 2024
Durante a votação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados para autorizar sua prisão, o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) se defendeu e afirmou ter tido “um ótimo relacionamento” com Marielle Franco durante o período em que ambos atuaram como vereadores na cidade do Rio de Janeiro, entre 2016 e 2017.
Brazão é um dos acusados de ser o mandante do assassinato de Marielle em 2018. A sessão ocorreu nesta terça-feira (26), mas foi adiada após pedido de vista de deputados do Novo, do PP e do Republicanos.
“A minha relação com a vereadora era muito boa. É só pegar as imagens da Câmara Municipal para identificar o que estou dizendo. Nós tínhamos um ótimo relacionamento”, disse durante a sessão.
Na tarde desta terça, o relator do caso na CCJ, Darci de Matos (PSD-SC), apresentou um parecer favorável à manutenção da prisão do parlamentar, que foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Brazão acompanhou a sessão remotamente a partir do presídio da Papuda.
A votação só ocorrerá esta semana se o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), levar o caso diretamente ao plenário. Caso a CCJ não emita sua posição dentro do prazo de 72 horas a partir do recebimento da notificação do Supremo, Lira poderá fazê-lo somente na quinta-feira, 28, quando o prazo se encerra. Se ele optar por não fazer isso, a votação pode ser adiada para abril, devido ao recesso de feriado da Semana Santa.
Na sessão, os deputados Gilson Marques (Novo-SC), Roberto Duarte (Republicanos-AC) e Fausto Pinato (PP-SP) solicitaram mais tempo para análise, o que resultou no adiamento. Essa decisão desencadeou protestos por parte de deputados de esquerda, levando a uma discussão entre os membros da comissão.
Chiquinho Brazão foi expulso, por unanimidade, do União Brasil. A decisão foi tomada em uma reunião virtual realizada na noite de domingo (24).