Terça-feira, 16 de setembro de 2025

“Tô nem aí”, diz o ministro da Saúde sobre a possibilidade de não receber visto para entrar nos Estados Unidos

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta terça-feira (16) que não está “nem aí” para a possibilidade de não ter a sua entrada nos Estados Unidos autorizada pelo governo de Donald Trump. O ministro deu a declaração durante entrevista a jornalistas após o lançamento de um cronograma para integrar o Cadastro SUS ao CPF.

Padilha disse ter sido convidado a uma reunião de ministros da Saúde de diferentes países que vai acontecer, neste mês, na Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova York. E também para um encontro da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), em Washington, capital norte-americana.

No entanto, o ministro disse que ainda não sabe se vai participar dos eventos, porque, segundo ele, precisa acompanhar votações no Congresso Nacional. “Esse negócio do visto eu to igual aquela música: “Tô nem aí”, sabe? Vocês tão mais preocupados com o visto do que eu, certo? Tô nem aí. Eu acho que só fica preocupado quem quer ir pros Estados Unidos. Eu não quero ir para os Estados Unidos”, disse Padilha.

Ele aproveitou o contexto para alfinetar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deixou o Brasil para viver nos Estados Unidos, onde, segundo a Polícia Federal, tem agido contra autoridades brasileiras.

“Só fica preocupado com visto quem quer sair do Brasil, ou quem quer ir pra lá pra fazer lobby de traição da pátria, como alguns tão fazendo. Não é o meu interesse, tá certo? Então eu tô nem aí com relação a isso”, frisou.

Vistos de pessoas ligadas ao Mais Médicos

No mês passado, os Estados Unidos cancelaram o visto da mulher e da filha, de 10 anos, de Alexandre de Padilha. O visto do ministro não foi cancelado porque já estava vencido. Padilha comandava o Ministério da Saúde em 2013, quando foi criado o programa Mais Médicos. O Departamento de Estado dos EUA revogou vistos de funcionários do governo brasileiro ligados ao programa.

Foram revogados os vistos de Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais do ministério e atual coordenador-geral para COP30.

O anúncio das sanções foi acompanhado de uma postagem da embaixada americana em Brasília, atribuída à Agência para as Relações com o Hemisfério Ocidental. No texto, o Mais Médicos é descrito como “um golpe diplomático que explorou médicos cubanos, enriqueceu o regime cubano corrupto e foi acobertado por autoridades brasileiras e ex-funcionários da Opas [sigla da Organização Panamericana da Saúde]”.

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