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Redação do Jornal O Sul
| 18 de junho de 2022
“Top Gun: Maverick” ultrapassou a marca de US$ 800 milhões arrecadados nas bilheterias mundiais e se tornou oficialmente o maior sucesso comercial de Tom Cruise em suas quatro décadas de carreira.
A continuação de “Top Gun: Ases indomáveis” (1986) deixou para trás o sucesso “Missão: Impossível – Efeito Fallout” (2018), que arrecadou US$791 milhões nos cinemas de todo mundo.
Pela primeira vez na carreira, Tom Cruise pode ter um filme superando a marca de US$ 1 bilhão nas bilheterias, embora o fato da produção não ter lançamento previsto para os cinemas da China e da Rússia possa dificultar na missão.
No final do mês passado, “Top Gun: Maverick” já havia se tornado a maior bilheteria de estreia na carreira do astro de Hollywood de 59 anos. O longa arrecadou cerca de US$ 124 milhões em vendas de ingressos nos três primeiros dias de exibição nos cinemas dos Estados Unidos, superando os números de “Guerra dos Mundos”, de Steven Spielberg, que faturou US$ 64 milhões no período.
No Brasil, o filme já foi visto por 2,26 milhões de pessoas e faturou R$ 49 milhões.
Dispensa de dublês
Rodado entre 2018 e 2019, a superprodução de US$ 152 milhões teve seu lançamento original, marcado para o verão americano de 2020, adiado várias vezes, devido à pandemia, que fechou os cinemas do mundo inteiro.
Diferentemente de outros estúdios, que lançaram produções de mesmo porte programadas para aquele ano diretamente no streaming, como “Tenet”, de Christopher Nolan, a Paramount preferiu aguardar o momento mais seguro de mandá-lo para as sessões presenciais nas salas.
“Eles (do estúdio) não se atreveriam a fazer uma coisa dessas. Exibir um filme como ‘Top Gun: Maverick’ primeiro em uma plataforma digital nunca vai acontecer. Nunca”, garantiu Cruise, que completa 60 anos em julho.
“Frequento set desde muito jovem. Minha visão de cinema é também a de um espectador. Eu faço filmes para o cinema. E, como ator e produtor que também é um espectador, aprecio o prazer e a beleza de assistir a um filme em uma sala grande. Estamos fazendo ‘Missão: impossível 8’, e também não vejo isso acontecendo com a franquia”, completou.
Um dos motivos da longa gestação de “Top Gun: Maverick”, foi a insistência de Cruise em filmar as mirabolantes cenas de voo em caças Boeing F/A-18 Superhornet reais. Para isso, a produção organizou com a Marinha americana um acampamento para treinar o elenco, com o intuito de simular o realismo das sequências aéreas.
Cruise começou a dispensar dublês em cenas perigosas com a franquia “Missão: impossível”. Ao longo dos filmes da série, inspirada no seriado de TV homônimo que foi ao ar nos anos 1960, Tom Cruise já foi visto escalando arranha-céus, pendurado em precipícios e agarrado à fuselagem de um avião em plena decolagem.
“Alguém já perguntou ao Gene Kelly por que ele mesmo cantava ou dançava em seus musicais? Sempre fui curioso, quero saber o que posso fazer ou não”, brincou o ator, lembrando que o espírito aventureiro o acompanha desde pequeno.
“Fui uma criança que fazia as coisas mais estranhas e malucas. Queria subir em árvores altas, pilotar aviões. Quando tinha 4 anos, dei o maior susto na minha mãe, quando tentei pular do telhado de nossa casa com um paraquedas feitos com lençóis. Só depois que saltei é que percebi que aquilo não ia dar certo. Tomei um tombo enorme, me machuquei e ainda sujei os lençóis da minha mãe”, disse.