Terça-feira, 27 de maio de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 22 de março de 2023
Sem clube desde que deixou a seleção brasileira após a eliminação para a Croácia na Copa do Mundo do Catar, o técnico Tite parece ser o nome ideal para assumir o Boca Juniors e tentar apaziguar a crise, pelo menos para os torcedores do time argentino. Durante esta semana, os argentinos criaram uma campanha nas redes sociais com a hashtag #TiteABoca, pedindo a contratação do treinador.
O Boca Juniors foi derrotado no último domingo pelo o Instituto e está na 14ª posição neste começo de Campeonato Argentino, o que ocasionou o ira de alguns torcedores. O principal alvo dos protestos foi o pressionado técnico Hugo Ibarra, o que intensificou os pedidos por Tite.
Por conta da crise técnica enfrentada, Hugo Ibarra, atual treinador e ídolo do clube, tem trabalho avaliado e pode deixar o comando do Boca antes mesmo do início da Libertadores. Sebastián Beccacece, ex-técnico de Defensa y Justicia e Racing e que também era um dos nomes especulados pela equipe da Bombonera, acertou com o Elche, da Espanha, fazendo com que Tite fosse aclamado pela torcida xeneize.
Algoz
Em sua carreira, Tite se acostumou a castigar o Boca Juniors. Em seis oportunidades, venceu quatro, empatou uma e sofreu apenas uma derrota.
Tite, inclusive, já foi algoz do Boca Juniors na carreira. Quando ainda treinava o Corinthians, o treinador conduziu sua equipe ao título da Libertadores de 2012 — e posteriormente venceria o Mundial de Clubes sobre o Chelsea — e o adversário na decisão foi o próprio clube argentino. No primeiro jogo, no La Bombonera, o placar foi 1 a 1, e na volta, no Pacaembu, o Timão venceu por 2 a 0 e ficou com a taça.
O única partida perdida aconteceu no ano seguinte, em 2013, pelo confronto de ida das oitavas de final do torneio continental.
Fora do Brasil
Depois de deixar a seleção brasileira, em 2013, Tite permaneceu recluso em sua casa no Rio de Janeiro e fez uma promessa à mulher, Rosmari Bachi: não assumir nenhum clube brasileiro em 2023. Isso não quer dizer que Tite pretende tirar um período sabático, tal qual foi em 2014. O técnico tem o desejo de trabalhar na Europa, de preferência em um clube, não em uma seleção.
Logo após o Mundial, o treinador recebeu uma oferta para assumir a seleção da Coreia do Sul, mas recusou.
De olho em uma oportunidade no futebol europeu, Tite começou a estudar inglês, com aulas específicas para o vocabulário futebolístico. Ele já tem conhecimento do italiano e do espanhol e entende que dominar o idioma é condição importante para desempenhar um bom trabalho no exterior.
A pessoas próximas, o treinador confidenciou que já está com saudade do trabalho. Após seis anos na Seleção, ele entende que o momento é de voltar a um clube. A rotina diária de treinamentos, proporcionando maior convívio com os atletas, é algo que ele sente falta e gostaria de vivenciar novamente.