Quinta-feira, 03 de outubro de 2024

Torcida do Santos joga objetos, e jogadores correm para o vestiário protegidos por seguranças

O duelo, nesta quarta-feira (21), entre Santos e Corinthians, que acabou em vitória do Timão por 2 a 0, ficou marcado por um episódio lamentável aos 40 minutos do segundo tempo. Quando a partida já se desenhava para um triunfo tranquilo dos visitantes, a torcida santista passou a atirar rojões e sinalizadores no gramado.

A reação do goleiro Cássio, do Corinthians, que estava muito próximo das bombas, foi de revolta. O camisa 12 dos visitantes se dirigiu diretamente ao delegado da partida para pedir o encerramento. Cássio também pediu que os jogadores de seu time deixassem o campo, pedido acatado pelo árbitro Leandro Pedro Vuaden, que encerrou a partida.

Esta não foi a primeira vez que o goleiro do Corinthians passou por tensão na Vila Belmiro. Em 13 de julho de 2022, Cássio passou por situação ainda mais grave ao ser agredido por um torcedor santista após o final da partida.

Estádio destruído

Com a revolta da torcida do Santos, os jogadores do Peixe permaneceram concentrados na região central do campo por vários minutos. A equipe de segurança do estádio se prontificou a escoltar os jogadores ao vestiário quando o clima nas arquibancadas se acalmou.

Antes de a confusão ser controlada pela Polícia Militar, os torcedores do Santos ainda vandalizaram a Vila Belmiro. Pedaços de ferro dos guarda-corpos foram danificados e atirados no gramado.

Interdição

O procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Ronaldo Piacente, afirmou que deve entrar com um pedido até sexta-feira para a interdição da Vila Belmiro ou que o Santos passe a jogar com portões fechados.

“Amanhã (quinta-feira), estarei analisando os fatos, as imagens, a súmula e, com base nesses documentos, vou analisar um pedido de interdição do estádio ou que sejam os próximos jogos com portões fechados. Essa definição vai ser amanhã. Evidentemente, vou encaminhar isso ao presidente do STJD. E aí ele vai analisar se defere ou não a liminar”, afirmou Piacente.

A denúncia deve ter como base o artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir; desordens em sua praça de desporto; invasão do campo ou local da disputa do evento desportivo; lançamento de objetos no campo), com multa de até R$ 100 mil e possibilidade de perder de um a dez mandos de campo.

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