Sábado, 06 de setembro de 2025

Traficantes de drogas e armas que atuavam na Zona Sul de Porto Alegre recebem sentenças de até 60 anos de prisão

A 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) condenou 20 acusados de envolvimento direto com o tráfico de drogas e armas-de-fogo em Porto Alegre. Integrantes de organização que atua no bairro Santa Tereza (Zona Sul), os réus receberam penas de até 60 anos de prisão, além do pagamento de multas.

De acordo com denúncia apresentada no início de 2024 pela promotora de Justiça Lisandra Demari, do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), as sentenças levaram em consideração a existência de uma facção com hierarquia definida, divisão de tarefas e atuação marcada por extrema violência.

O caso foi apurado iniciamente pelo Departamento de Investigações do Narcotráfico da Polícia Civil e levou à identificção de tentativas de formação de uma nova facção regional, com estatuto próprio e regras internas, evidenciando o grau de organização e periculosidade dos envolvidos.

“A investigação resultou em uma acusação abrangente, incluindo a cúpula da organização e fornecedores de entorpecentes, culminando em condenações exemplares, como a de um líder a 27 anos de prisão e a de uma gerente a 60 anos de reclusão. Essa condenação é fruto de uma estratégia bem elaborada”, sublinhou a promotora Lisandra.

Ainda de acordo com ela, a atuação do MPRS foi decisiva para o desmantelamento do grupo, que utilizava redes sociais, aplicativos de mensagens e estruturas empresariais para movimentar recursos ilícitos e dificultar a ações policiais.

Operação conjunta RS-SC

Nesta semana, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (Gaeco-MPRS) prestou apoio à Operação Shutdown, deflagrada pelo órgão correspondente em Santa Catarina. A ação foi realizada de forma simultânea nos dois Estados e tem por alvo uma organização especializada em lavagem de dinheiro, exploração de jogos-de-azar e falsidade ideológica.

O trabalho investigativo revelou um esquema sofisticado de legalização de capitais oriundos da contravenção penal. Para isso, o grupo usava “laranjas”, empresas de fachada e movimentações financeiras suspeitas.

No Rio Grande do Sul são investigados, sendo três em Guaíba (Região Metropolitana) e cinco em Três Passos (Noroeste do Estado), onde houve o cumprimento de sete mandados de prisão, busca e apreensão. A ofensiva mobilizou cerca de 40 agentes gaúchos e catarinenses, além de policiais da Brigada Militar (BM).

Ao menos sete prisões foram efetuadas. As medidas incluem sequestro de bens, bloqueio de contas bancárias e confisco alargado (recolhimento de bens incompatíveis com a renda lícita do condenado).

(Marcello Campos)

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