Sábado, 04 de maio de 2024

Tráfico internacional: quem são as influencers presas por propaganda de produtos de maconha nas redes sociais

Agentes da Polícia Civil dos Estados de São Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro prenderam sete pessoas nessa quarta-feira (24), por suspeita de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e crimes contra saúde pública. Entre os sete presos, foram detidas três influencers do Distrito Federal, que faziam propaganda de óleo de maconha para cigarros eletrônicos – os vapes – no Instagram.

De acordo com a investigação da polícia, o produto era importado do Paraguai, vindo dos Estados Unidos, escondido em potes de cera de depilação. O óleo, vendido como refil para os vapes, era vendido em sites pelo grupo criminoso. Entre os presos, estão os desenvolvedores das plataformas de venda dos produtos. Um deles foi detido em Nova Iguaçu (RJ).

O grupo contratava influenciadoras digitais de diversas partes do País para divulgar os produtos nas redes sociais. As três que foram detidas são Rhaynara Didoff, Letícia Susane Correia Castro e Elisa de Araújo Marden.

Rhaynara Didoff tem quase 40 mil seguidores no Instagram, onde se apresenta como cantora, atriz e humorista. De acordo com investigadores da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), foram encontradas provas materiais de que Didoff foi contratada pela rede para fazer propaganda do produto feito de óleo de maconha.

Elisa Marden tem um segundo perfil no Instagram no qual ela faz humor envolvendo situações com a maconha. Ela também é acusada de incentivar a compra dos produtos ilegais.

Já Letícia Castro publica imagens dela utilizando o produto de óleo de maconha em praias, em posts e stories no Instagram.

Como a droga chegava

O óleo de cannabis era comprado em grandes quantidades nos Estados Unidos. A carga ia para o Paraguai e entrava no Brasil por Foz do Iguaçu (PR). Os itens à venda, como embalagens e refis, vinham da China já com a marca da loja.

O destino era São Paulo, onde os criminosos manipulavam o insumo e o envasavam em refis de cigarros eletrônicos e em frascos de canabidiol, por exemplo.

De acordo com as investigações, o bando misturava solventes e aromatizantes ao óleo de cannabis e dizia ter “diferentes genéticas de maconha” – mas a matéria-prima era a mesma.

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