Quarta-feira, 03 de dezembro de 2025

Tribunal Superior Eleitoral inicia teste públicos de segurança das urnas para as eleições de 2026

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou nesta semana o Teste da Urna 2025. A iniciativa faz parte dos procedimentos do tribunal a menos de um ano das eleições gerais marcadas para outubro de 2026.

O teste é uma das etapas de verificação que atesta a segurança das urnas eletrônicas que serão usadas na votação para escolher o próximo presidente da República, assim como governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais no primeiro turno das eleições.

O evento vai até sexta-feira (5). Até lá, especialistas em tecnologia da informação – hackers, programadores, representantes de universidades e peritos da Polícia Federal – vão testar os equipamentos usados para coletar os votos dos cidadãos. Entre os testes, o grupo tentará invadir o sistema da urna para identificar possíveis falhas e vulnerabilidades.

Se algo for encontrado, o tribunal terá tempo hábil para corrigir o problema e evitar riscos no momento da votação. No primeiro semestre do ano que vem, os investigadores voltam ao TSE para verificar se as eventuais falhas foram corrigidas.

Segundo o TSE, o teste permite que especialistas colaborem no aprimoramento dos sistemas eletrônicos usados na votação. O procedimento fortalece a confiabilidade, a transparência e a segurança da captação e da apuração dos votos.

Do total de 27 inscritos como investigadoras e investigadores (individuais ou em grupos), 12 – quase a metade dos participantes – têm idade entre 18 e 25 anos.

Entre eles está Ricardo Calderam Zanandrea, de 18 anos, estudante do quinto semestre de Ciência da Computação pela Atitus Educação, em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Participante do Teste da Urna pela primeira vez, ele considera a experiência uma honra.

“É muito interessante ver como o sistema realmente funciona. Mesmo com acesso ao código-fonte e ao ambiente controlado, é difícil encontrar brechas nele. A urna é segura, muito segura. Não existe sistema 100% inviolável, mas esse é altamente confiável”, afirma.

O interesse despertado nas universidades também ajuda a explicar o perfil dos participantes como investigadoras e investigadores ou como integrantes de equipes técnicas. Muitos chegam ao Teste da Urna a partir de projetos acadêmicos.

Esse é o caso de Carolina Borzino Rocha, de 20 anos, aluna de Engenharia Elétrica da Universidade de São Paulo (USP) e que compõe uma das equipes que acompanha o teste. Ela participa por meio de um projeto de iniciação científica (IC) sobre segurança das urnas. “Há muitos jovens aqui, tanto na equipe técnica quanto entre os investigadores individuais. Esse interesse é essencial para fortalecer a segurança do processo eleitoral.”

Na abertura do procedimento, a ministra Carmen Lúcia, presidente da Corte Eleitoral, destacou que o número de propostas de testes é recorde das edições.

Neste ano, foram 149 propostas de atuação. Destas, 38 foram aceitas. Ao longo da semana, 31 especialistas vão atuar.

O resultado parcial dos testes será divulgado em 18 de dezembro pelo tribunal e após essa etapa os investigadores que identificarem possíveis pontos de ajustes nos sistemas eleitorais serão convidados a retornar ao TSE para reproduzir os mesmos testes que levaram às conclusões apresentadas. Essa fase é chamada Teste de Confirmação e será realizada em maio de 2026.

De acordo com o TSE, os relatórios finais serão entregues em junho do ano que vem, apontando os resultados da etapa de confirmação.

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