Por Redação do Jornal O Sul | 30 de setembro de 2025
Em um mundo onde a imagem pessoal se tornou parte da identidade social, os cabelos deixaram de ser apenas um atributo estético para se tornarem um indicativo de saúde, bem-estar e até equilíbrio emocional. É nesse contexto que a Tricologia — ciência dedicada ao estudo dos cabelos e do couro cabeludo — ganha protagonismo, oferecendo soluções clínicas e personalizadas para quem enfrenta disfunções capilares que vão muito além da vaidade.
A Tricologia nasceu da necessidade de compreender os mecanismos que regulam o ciclo capilar, as causas da queda de cabelo e as doenças que afetam o couro cabeludo. Hoje, ela se consolida como uma área multidisciplinar que envolve dermatologia, biologia molecular, cosmetologia e práticas integrativas. “A saúde capilar é reflexo da saúde sistêmica. Por isso, os tratamentos precisam considerar o indivíduo como um todo”, afirma o tricologista Rodrigo Fagundès, especialista em Tricologia Clínica e autor do Protocolo Fagundes de Regeneração Capilar.
Da raiz à solução: ciência aplicada ao cotidiano
Entre os problemas mais comuns tratados pela Tricologia estão a alopecia androgenética (calvície genética), a dermatite seborreica, a psoríase, a quebra e o afinamento dos fios, além da oleosidade excessiva e da caspa. Embora alguns desses quadros não tenham cura definitiva, como é o caso da alopecia, a ciência capilar oferece alternativas para retardar a progressão, fortalecer os fios existentes e estimular o crescimento capilar.
Os tratamentos envolvem desde terapias tópicas com ativos farmacológicos até procedimentos como microagulhamento, laserterapia, intradermoterapia e drug delivery. A escolha da abordagem depende de uma avaliação minuciosa, que inclui exames como a tricoscopia — análise microscópica do couro cabeludo — e o mapeamento do histórico clínico do paciente.
Números que revelam uma demanda crescente
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, cerca de 42 milhões de brasileiros enfrentam algum grau de queda capilar. A procura por tratamentos especializados cresceu 35% nos últimos cinco anos, impulsionada por fatores como o estresse crônico, alterações hormonais, dietas restritivas e o uso excessivo de químicas capilares.
Além disso, uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha revelou que 68% das mulheres brasileiras consideram os cabelos como o principal elemento de autoestima. Entre os homens, esse índice é de 54%, com destaque para a faixa etária entre 25 e 45 anos, onde a preocupação com a calvície é mais acentuada.
Tricologia integrativa: o futuro do cuidado capilar
Rodrigo Fagundès é um dos defensores da abordagem integrativa, que une ciência e bem-estar. “Não basta tratar o fio. É preciso entender o que está por trás da queda: alimentação, sono, estresse, desequilíbrios hormonais. A Tricologia moderna é uma ponte entre o cuidado estético e a saúde global”, explica.
Além de atender pacientes na Clínica Foletto, em Porto Alegre, Fagundès compartilha conhecimento por meio de redes sociais e do e-book “O Controle da Calvície Começa Aqui”, voltado a quem busca entender os mecanismos da queda capilar e as possibilidades de intervenção.
Profissionalismo e segurança: pilares do tratamento eficaz
É fundamental que os procedimentos tricológicos sejam realizados por profissionais habilitados, como médicos dermatologistas ou especialistas com formação específica. A atuação ética e baseada em evidências é o que diferencia a Tricologia de práticas estéticas superficiais. “Não se trata de promessas milagrosas, mas de ciência aplicada com responsabilidade”, reforça Fagundès.
Autoestima como resultado terapêutico
Mais do que recuperar fios, a Tricologia devolve aos pacientes a confiança e a qualidade de vida. A melhora na aparência capilar impacta diretamente na autoestima, na vida social e até no desempenho profissional. “Cuidar dos cabelos é cuidar da identidade. É devolver ao paciente o que ele vê no espelho”, conclui o tricologista.
Em tempos de beleza consciente e saúde personalizada, a Tricologia se firma como uma ciência do presente — e do futuro — capaz de transformar vidas fio a fio. (Gisele Flores)
