Sexta-feira, 18 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 17 de julho de 2025
Tribunal do Júri realizado em Santa Maria (Região Central do Estado) condenou três homens acusados de uma execução cometida no dia 15 de outubro de 2015. O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) recorrerá à Justiça, por considerar brandas as sentenças, que variam de 13 a 15 anos de prisão em regime fechado.
De acordo com o processo acusatório, a vítima foi um rapaz de 25 anos e sem antecedentes criminais. Ele estava de bicicleta quando acabou atraído para uma emboscada baleado seis vezes na cabeça. Um dos integrantes do trio era o seu melhor amigo, que permaneceu dentro de um veículo enquanto os outros dois efetuaram os disparos.
A motivação do crime até hoje não está totalmente esclarecida, apesar das investigações. Há versões que indicam disputa por uma arma-de-fogo, ao passo que outras sugerem que o caso tenha envolvido desentendimento relacionado à amizade da vítima com desafetos de seus algozes.
A atuação do MPRS em plenário foi conduzida pelos promotores de Justiça Caroline Mottecy de Oliveira e Davi Lopes Rodrigues Júnior. Os jurados acolheram integralmente a tese de culpa dos réus por homicídio com agravantes como o uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Camaquã
Também nesta semana, o mesmo tipo de crime resultou na condenação de um acusado no município de Camaquã, Região Centro-Sul gaúcha. Ele recebeu pena de 16 anos de cadeia pela morte de um homem com 20 tiros, em uma noite de junho de 2021. O réu já estava preso ao receber a sentença.
Um segundo envolvido não chegou a ser levado ao banco dos réus, pois foi assassinado na Bahia, seu Estado de origem. A exemplo do caso de Santa Maria, as circunstâncias do incidente permanecem obscuras.
Conforme o MPRS, o cálculo da sentença levou em consideração o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. “Houve extrema brutalidade e desvalorização à vida por parte dos autores”, ressalta o promotor de Justiça Fernando Mello Müller, responsável pela acusação.
Ele acrescentou: “A sociedade acolheu todos os pedidos do Ministério Público. Familiares e amigos da vítima compareceram em peso à sessão e ficaram satisfeitos com o trabalho em plenário. Eles souberam do julgamento somente ao serem procurados pela Promotoria, com quem se reuniram para orientação e acolhimento”.
(Marcello Campos)